A participação de representantes do Rio Grande do Sul na Cop28 resultou em parcerias que podem trazer ao estado e, principalmente ao Vale do Taquari, um novo momento pós-catástrofe.
Em entrevista ao programa Frente e Verso desta sexta-feira, 15, a secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann projeta para o início de 2024 a execução de trabalho com objetivo de construir políticas e frentes para preparar cidades a fenômenos climáticos. Parcerias são firmadas com a ONU Habitat, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid).
Conforme Marjorie, em encontro com representantes do grupo da ONU Habitat, o assunto tratado foi as comunidades urbanas atingidas por desastres. Com a Jica, instituição japonesa que fez todo o treinamento em Blumenau e nos entornos de Santa Catarina, novas possibilidades de incluir o Vale do Taquari dentro de um convênio que o Brasil já possui com a Jica. O objetivo da parceria é oferecer treinamentos a engenheiros e multiplicação de capacidades para enfrentar desastres ambientais.
Marjorie cita a reunião com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid) que tem potencialidade e condições de ofertar crédito a juros baixos viabilizados por meio de agências nacionais ou estaduais.
“O Bid possui ainda assistência técnica, existem programas específicos do Bid já executados no Brasil, como, por exemplo, Recife e em Petrópolis, no Rio de Janeiro que sofreram com as enxurradas e que poderíamos fazer um mesmo escopo para o Vale do Taquari”, complementa.
Gabinete de crise
Marjorie comenta sobre decreto que institui o gabinete de crise, montado para ações prévias que antecedam desastres e reconstituição. Formado além desses eixos, por dois conselhos, um de crise que é a sociedade civil e um científico.
“Esse gabinete de crise está sendo estruturado, mas, por exemplo, os comitês dentro dele já tem trabalhado para buscar efetivar as ações. Já tenho orçamentos específicos para contratação de outros sistemas que vão agregar o que a gente tem, tipo de alerta, horário do alerta e na maneira como a população vai receber isso”.
E complementa, “esses sistemas novos que estamos contratando vão atuar em todo o estado, mas os levantamentos específicos vão ser priorizados por bacias que tenham sido acometidas por maiores desastres, temos justificativas suficientes para começar pelo Vale do Taquari”.
Assista a entrevista na íntegra
