Desenvolver habilidades e competências empreendedoras e a criatividade. Com estes objetivos, os estudantes das turmas de 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (Castelinho) expõem em uma mostra de trabalhos na Univates, projetos criados durante o ano.
Conforme a diretora do Castelinho, Jurema de Oliveira, a mostra é a concretização do trabalho desenvolvido nas trilhas do conhecimento, com foco em empreendedorismo e saúde. A atividade segue até o final desta semana e ocorre nas salas de aula do prédio 3 da universidade.
“Eles se envolveram bastante, teve integração dos alunos nos grupos, muito trabalho de pesquisa e atividades práticas. O objetivo é que eles consigam aplicar na prática o que aprendem em sala de aula. Mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos por ter que sair da nossa escola, eles criaram projetos incríveis”, elogia a diretora.
Um dos projetos exposto na mostra foi feito pelo aluno Rafael Brasil, 17. A ideia é transformar pneus em pisos emborrachados. O estudante criou protótipos para mostrar o passo a passo do processo, que inicia com a coleta dos pneus, trituração e compactação em placas sólidas, para posteriormente transformar em piso de praças, ruas, calçadas ou em quadras esportivas com campo sintético.
“Entre os benefícios, está a melhor aderência e redução de impactos. Em resumo, o projeto busca dar um destino mais adequado para os pneus e evitar a poluição. E, em troca, transforma este material em pisos emborrachados”, explica Rafael.
A iniciativa da elaboração dos projetos proporciona aos alunos o estudo teórico e prático na área empreendedora. “Eu achei essa proposta muito legal. Pessoas podem olhar o meu projeto e ter ideais baseadas nele. Um projeto simples que agora é só um protótipo, mas pode, no futuro virar algo maior e ser realmente colocado em prática”, acrescenta Rafael.
Obras
Os quase 900 alunos matriculados no Castelinho estão há cerca de dois meses com aulas na Univates. Isto porque o colégio passa por reformas no telhado, assoalho e fiação elétrica, por exemplo. O prédio já aguardava melhorias há pelo menos dez anos e, após a enchente dos dias 4 e 5 de setembro, a situação se agravou, impossibilitando a volta dos estudantes para o local. Em meio aos trabalhos, uma nova enchente em novembro trouxe ainda mais prejuízos.
“Muita coisa ainda precisa ser feita. A previsão era de concluir as reformas em cinco meses, mas já vimos que vai além deste prazo. O ano letivo termina dia 22 de dezembro. Acredito que não retornaremos no primeiro semestre. Enfrentamos duas enchentes e as duas alagaram nossa escola. O tempo não está ajudando, muita chuva”, diz Jurema.
