Sentinela ingressa na Justiça contra a Eurovias

Vale do Taquari

Sentinela ingressa na Justiça contra a Eurovias

Empresa de vigilância alega descumprimento de contrato e cobra mais de R$ 200 mil em atraso. Funcionários organizam protesto hoje às 15h em frente ao escritório da Eurovias em Lajeado

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Sentinela ingressa na Justiça contra a Eurovias
Empresa contratada pela CCR Viasul é responsável pelas obras de duplicação entre Marques de Souza e Lajeado (FOTO: Filipe Faleiro)
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A relação entre a Eurovias, contratada pela CCR ViaSul para as obras de duplicação da BR-386 no trecho de Marques de Souza a Lajeado, e a Sentinela (terceirizada para serviços de vigilância), se deteriora.

No início de novembro, a Eurovias encerrou o contrato de vigilância 24 horas com a empresa. Conforme o advogado da Sentinela, Guilherme Damian, há mais de R$ 200 mil em atraso.

Sem fluxo de caixa, é impossível proceder com a rescisão dos contratos para 22 funcionários, alega o representante. “Já notificamos a Eurovias e vamos ingressar com um processo judicial para cobrar os atrasos. Eles descumpriram o contrato desde o primeiro mês. Queremos resolver a questão com os funcionários. Essa é nossa prioridade”, afirma Damian.

Trabalhadores da Sentinela organizam para hoje, às 15h, um protesto em frente ao escritório da Eurovias, nas proximidades do Shopping Lajeado. “Estão nos enrolando. Falam que vão pagar em tal dia e não chega. Entramos em contato e prometem para outro dia. É sempre assim”, diz um funcionário que prefere não se identificar.

O contrato entre as empresas começou em julho. Conforme Damian, em nenhum mês houve acerto integral. “Sempre pagavam entre 50% a 80%. Isso interferiu no fluxo de caixa da empresa.”

Outro aspecto que o advogado chama atenção é o prazo para encerramento do contrato. No acordo, a ruptura precisaria ser avisada com um mês de antecedência. “Avisaram dia 3 de novembro para o último dia de trabalho para o dia 10. Não houve tempo para o aviso prévio”, relata.

Em resposta, a Eurovias afirma que fará o pagamento dos funcionários de maneira direta, sem o intermédio da Sentinela. De acordo com os representantes, a terceirizada de vigilância não tinha documentos dos trabalhadores. Inclusive afirma que o saldo com a Sentinela é inferior à dívida deles com os contratados.

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