Dor, perda e reconstrução

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Dor, perda e reconstrução

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Um cenário devastador. Não há palavras para descrever os impactos da enchente no Vale do Taquari. Um verdadeiro rastro de destruição, nesse que é um dos maiores desastres naturais do RS. Difícil até de compreender o que aconteceu.

Dado o impacto inicial do fenômeno climático, houve a mobilização das autoridades e de equipes de segurança. No jornalismo, profissionais foram às ruas para prestar um importante serviço de orientação à comunidade. A situação agravou ao ponto de ficarmos sem comunicação nas cidades mais afetadas. Serviços essenciais de energia e abastecimento de água foram afetados.

Até então, ainda não se tinha a real ideia das perdas, aliás, ainda não a temos. O que se sabe é que mais de 30 pessoas perderam a vida nessa tragédia e cidades precisam ser reconstruídas. Sob o olhar como repórter, ao entrar em Muçum e Roca Sales, o sentimento foi de luto.

A primeira impressão é de cena de filme de guerra. Localidades irreconhecíveis. Uma mobilização impressionante e necessária para dar suporte neste momento difícil. Famílias que perderam tudo. Buscam em meio aos escombros algo para recuperar. Mas ainda pior, a dor e o sofrimento pelas vítimas.

Os relatos são emocionantes. Moradores lembram dos momentos de angústia no telhado à espera de socorro. Outros, do sentimento de impotência ao ver pessoas morrendo sem poder agir.

Agora, a incerteza sobre o futuro. Ao mesmo tempo, a solidariedade e força para recomeçar. A partir do momento em que acessos foram restabelecidos, a ajuda chega de todas as partes do estado. Pessoas ajudam com mão de obra, limpeza, alimentação e acolhimento.

Pelo tamanho da destruição será preciso muito empenho e dedicação. Acima de tudo, força para seguir em frente. Um cenário muito complexo, ao ponto de não se ter a identificação das vítimas e uma lista de pessoas com quem familiares não tiveram contato.

Precisamos o quanto antes retomar com os serviços de energia, água potável e telecomunicação. Para dar as condições mínimas de recomeço e troca de informações. Ao mesmo tempo, é preciso a compreensão de pessoas que a todo custo tentam acessar essas áreas por mera curiosidade e dificultam o trabalho de apoio aos afetados pela cheia. Força e solidariedade. SOS Vale do Taquari!

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