“Ser campeão mundial é surreal. Foi uma sensação indescritível”

ABRE ASPAS

“Ser campeão mundial é surreal. Foi uma sensação indescritível”

O esporte sempre fez parte da vida do educador físico Felipe Becker, 35, mas a atividade que ganhou seu coração foi o Beach Tennis. Natural de Venâncio Aires, o atleta se consagrou campeão mundial neste mês, ao lado da atleta Rithiele Jung. Hoje, ele também ocupa o primeiro lugar no ranking nacional e estadual

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“Ser campeão mundial é surreal. Foi uma sensação indescritível”
Foto: Arquivo pessoal
Lajeado

Como começou seu interesse por Beach Tennis?
Eu jogava padel com amigos, e entre eles tinha o Tadeu, que dá aula de beach. Ele sempre me falava que eu deveria jogar, que eu tinha características para o esporte, e por já ser professor de educação física, seria fácil. Até que uma vez participei de uma partida e adorei. Jogava frequentemente, e aí o Tadeu me aconselhou a dar aulas. Fiz um curso em Porto Alegre no final de 2021, e então comecei a dar aula na minha academia.

Você ministra aulas para crianças e adultos?
Isso. Dou aulas em Lajeado a cada 15 dias, para turmas de adultos. Mas tenho um cliente criança, o Lorenzo, que tem um futuro grande pela frente ainda, pois joga muito bem. Mas as aulas coletivas são somente para adultos.

O que o esporte significa para a sua vida?
Brinco que tô competindo a vida inteira, porque já pratiquei futebol, atletismo, natação, e em todos esses sempre fui muito competitivo. Meus pais sempre me incentivaram a competir em tudo. De certa forma isso é bom, mas por outro lado, eu não aceito perder e acabo ficando chateado. Mas o beach tênis é um esporte extremamente inclusivo. É o único esporte que eu já joguei/pratiquei na minha vida, que posso levar minha família. Isso possibilita interação com eles. Então pra mim, é algo extremamente importante poder levá-los junto aos eventos.

Como foi o processo para chegar às colocações estaduais e nacionais?
Bom, o processo para chegar à colocação que estou começou no início deste ano. Eu e mais dois colegas, o Japa e a Rithiele, montamos um projeto de treinos, jogos, calendário, para jogar no torneio de Caxias, que é o maior do ano. Foi a partir dali que o projeto se consolidou. Lá conseguimos nos consagrar campeões na masculina, eu e o Japa (dupla); E na mista, eu e a Rithiele (dupla). Hoje sou o 4º colocado na categoria masculina C no Brasil, e 1º colocado na categoria mista C no país. No Rio Grande do Sul, sou o 1º colocado nas duas, e provavelmente representarei o estado no campeonato brasileiro que ocorrerá em novembro, em Recife.

O mundial, em Fortaleza, você conquistou ao lado da Rithiele, certo? Qual a sensação de ser campeão mundial?
É surreal. Só de estar lá, já era incrível. Foram 16 países envolvidos, então chegar lá e jogar contra pessoas do mundo inteiro e conseguir se consagrar campeão, é uma coisa surreal. Sempre vamos com o intuito de ganhar, não vou me inscrever num torneio só pra participar, então o intuito era realmente ganhar. Mas quando terminou o jogo, que caiu a ficha que tínhamos ganhado, eu pensei “meu Deus, eu sou campeão mundial”. E ver meus amigos, família, felizes por mim, foi uma sensação indescritível. Nossos familiares fizeram até uma festa surpresa pra nós. É uma coisa muito incrível, muito fora da curva da realidade. A palavra surreal resume tudo.

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