“Nasce uma criança, nasce um pai”

NOSSOS FILHOS

“Nasce uma criança, nasce um pai”

Acolher, educar, auxiliar e entender. Programa da Rádio A Hora sobre Dia dos Pais homenageia aqueles que auxiliam no cuidado com os pequenos. Troca de experiências é uma das melhores formas de celebrar o momento

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“Nasce uma criança, nasce um pai”
Foto: Mateus Rois
Lajeado

O Dia dos Pais, celebrado sempre no segundo domingo de agosto, é um momento de trocas de afeto entre pais e filhos. Para muitos responsáveis, a data é muito aguardada durante todo o ano, e tem importância consolidada na rotina de muitas famílias.

Em homenagem à data, na última quinta-feira, 10, o “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora, reuniu um grupo de pais para uma conversa sobre paternidade.

Os convidados foram o gestor da Inovates e pai de filho único, Michel Machado, o corretor de imóveis e pai de dois filhos, Murilo Libio, e também o médico psiquiatra Olivan Moraes, pai de dois filhos.

O debate sobre o significado de ser pai foi o que pautou os segmentos da conversa. Para Machado, com filho nascido há 45 dias, essa caminhada é uma luta e um aprendizado diário. Ele afirma que ainda está aprendendo a ser pai, mas que, desde que o bebê nasceu, tenta ser o melhor em tudo que faz.

“Ser pai é perceber que tem alguém que depende de ti. Precisa ser exemplo e pensar no futuro, porque lá na frente tem alguém que vai precisar de ti”, detalha.

Pai de uma menina de cinco anos e um menino de dois, Libio complementa que, por mais que o responsável leia teorias de como lidar com a criança, no final, o que prevalece é o instinto. “Às vezes você acha que não consegue lidar com a situação, mas, de um jeito ou de outro, tu aprende porque sabe que aquele ser depende de ti”.

Para Moraes, a teoria não alcança o que a prática exige. “Só vivenciando a experiência que se encontram as soluções para cada obstáculo diário”. Pai de um menino de 13 anos e uma menina de sete, reforça que ser pai é um aprendizado constante e, para ele, uma atividade mágica.

Para os entrevistados, na maior parte do tempo, as coisas que acontecem estão fora do controle dos responsáveis. Eles explicam que o melhor a fazer é ir se desenvolvendo conforme as situações aparecem, afinal um filho é diferente do outro.

Acolhimento

Noites mal dormidas, entender o que acalma a criança, disponibilidade para cuidar dos pequenos e, principalmente, apoiar as mães nas tarefas cotidianas e no cuidado com o bebê. Tópicos essenciais que os pais precisam acolher durante a caminhada da paternidade.

Acima de tudo, estar presente e fazer questão de momentos de qualidade com os filhos é importante para que, além de cultivar uma relação boa com os pequenos, eles se sintam valorizados no ambiente em que estão.

Para Moraes, essa fase é um misto de sentimentos porque mesmo com medos, como pai, em muitos assuntos, existe a obrigação de ter certeza nas respostas. “As crianças observam e questionam tudo. É importante mostrar que, como qualquer outra pessoa, temos certezas e dúvidas e também opiniões diferentes”, detalha.

Libio acrescenta que esses questionamentos sempre devem ser levados da melhor forma possível. “Eles estão nos questionando cada vez mais, mesmo com menos. Cabe a nós, como pais, levarmos isso da melhor forma”. Ele frisa que curiosidade é algo bom.

Limites

Pai de duas crianças, comenta que além do amor, carinho e ensinamentos, sempre chega a hora mais difícil para todos os pais: impor limites. Segundo Libio, esse é o momento em que os filhos são preparados para o mundo e para a sociedade.

Moraes complementa afirmando que amor e limite andam juntos. “A criança precisa ter clareza de quais são as regras. É mais difícil falar não, afinal o não dura, já o sim é momentâneo, mas, no futuro, a criança entende a motivação da resposta”.

Por isso ele pontua que impor limites é fundamental, mas saber dosar também é. Para Moraes, ser um pai autoritativo, que consegue impor limites e demonstrar carinho ao mesmo tempo, é a grande meta.
Ainda em processo adaptativo, Machado acredita que, além da fala dos outros pais, impor os limites nunca deve ser um processo de repressão às crianças. Os três responsáveis concordam que o sucesso de uma criação é quando os filhos querem estar junto dos pais mesmo depois de adultos.

Para os cuidadores, falar sobre paternidade não é ter um roteiro. O essencial é ter amor, dedicação e carinho. Eles afirmam que ser pai os transforma, constantemente, em pessoas melhores.

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