Como começou sua relação com Taquari?
Sou natural de Rondinha e cheguei no município em 1994, para disputar a segundona do Campeonato Gaúcho de Futebol pelo Esporte Clube Pinheiros. Desde então, sigo residindo no município.
Quando iniciou seu envolvimento com o outro clube da cidade, o Taquariense?
A partir de 2009, a convite do presidente da época, o Luiz, e o coordenador da escolinha de futebol do clube, o Sandro Forgiarini. Fui convidado para disputar o campeonato municipal, ainda como atleta. O futebol sempre fez parte da minha vida.
No clube, você teve uma rápida ascensão como dirigente. Como foi esse momento?
Em 2014, eu e o Sandro assumimos como treinadores da categoria titulares na reta final da fase classificatória do Municipal. Inclusive, levamos essa categoria para a decisão. Ficamos com o vice-campeonato, mas de lá para cá, não saí mais do clube. Em 2018, veio o convite e assumi a presidência.
A escolinha de base é um dos principais projetos do Taquariense. Quando foi a estruturação?
Ela já existe há bastante tempo, desde maio de 1997. Com a reformulação do clube e o transporte cedido pelo município, aumentou e muito o número de atletas para participar do projeto de futebol, sem custos, salvo promoções feitas pela escolinha ou o próprio clube. Hoje, temos 150 atletas de 7 a 17 anos. Destaco o trabalho de cinco pessoas: o Sando Forgiarini, o Luís Porto, o Evandro Freitas, o Maciel Lautert e o Matheus Porto, além dos apoiadores e prefeitura.
Qual a importância de oferecer a essas crianças e adolescentes aulas de futebol em um projeto social gratuito?
São vários os benefícios. Vão desde a prática de exercícios físicos, o convívio em grupo e também os aprendizados, de conquistar, mas também a se frustrar com algum resultado negativo e erguer a cabeça. Mas, na minha opinião, a maior relevância desse projeto é oportunizar às famílias carentes, que não tem condições de pagar mensalidades, colocar seus filhos em uma escolinha de futebol.
Como tem sido o retorno do dia a dia, na conversa com as famílias?
Sempre falo que, cada vez que uma criança me chama pelo nome na rua, na padaria, no supermercado ou até lá no clube, é como se fosse o pagamento caindo na minha conta. Não há privilégio ou recompensa maior do que ver a alegria dessas crianças. Devemos sempre priorizar a formação do cidadão, pois um bom cidadão gera boas perspectivas às suas famílias.
Quais as projeções para o futuro do Taquariense?
Nosso projeto é ambicioso. O objetivo é reestruturar o clube e, a médio e longo prazo, colocá-lo de volta ao cenário do futebol profissional gaúcho.