Proposta pode unir os dois Vales em uma única região

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Proposta pode unir os dois Vales em uma única região

Defendida por secretário de Desenvolvimento Urbano, criação de uma Aglomeração Urbana envolveria quase 60 municípios e uma população de 784 mil habitantes. Iniciativa é considerada benéfica, avaliam líderes locais

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Proposta pode unir os dois Vales em uma única região
Estado
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Unir duas regiões em uma só para fortalecer projetos, potencializar setores e facilitar a busca por recursos. Esses são alguns dos objetivos por trás da proposta levantada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Rafael Mallmann, de criar um aglomerado urbano com os vales do Taquari e Rio Pardo.

O ex-prefeito de Estrela já se manifestou publicamente sobre a iniciativa em diversas ocasiões, sendo a mais recente delas na reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), em maio.
Nesta semana, Mallmann participa de um evento sobre desenvolvimento urbano em Belo Horizonte. As aglomerações estão entre os temas discutidos. A reportagem tentou contato com o secretário, mas não obteve retorno.

Uma eventual Aglomeração Urbana dos Vales teria 59 municípios e uma população de 784,7 mil, conforme as divisões funcionais das duas regiões feitas pelo governo do Estado. A cidade mais populosa seria Santa Cruz do Sul, seguida por Lajeado e Venâncio Aires.

Benefícios ao transporte

Prefeito de Venâncio Aires, cidade filiada tanto à Amvat quanto à Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Jarbas da Rosa entende que as duas regiões tendem a ganhar com a aproximação por meio do aglomerado. Segundo ele, é possível organizar regionalmente questões importantes e intensificar fluxos comerciais e institucionais, por exemplo.

“A aglomeração oferece um planejamento estratégico com vantagens econômicas, de produção de bens, de serviços, redução do custo de transporte através de maior infraestrutura e melhor relação de atividades dos municípios. São várias nuances, vários vetores que podemos trabalhar, sempre de interesse comum dos municípios”, destaca.

Rosa cita, por exemplo, a questão do transporte, com linhas de ônibus estratégicas que interliguem os Vales e os municípios. “Isso poderia resultar até em uma tarifa integrada, mais baixa e subsidiada. Daria uma facilidade maior para o trabalhador, que atua em uma cidade e mora em outra. É um grande diferencial”.

Afinidades

Doutora em desenvolvimento regional, Cintia Agostini observa que as regiões, dentro de um aglomerado, podem trabalhar juntos em diversos aspectos. “Temos, sim, muitas afinidades enquanto região dos Vales. Isso faz com que se pense nessa possibilidade. Já avançamos algumas vezes, retrocedemos em outras nessa perspectiva de nos olhar como uma região única”, frisa.

Conforme Cintia, o Estado já olha os Vales como uma única região em muitas políticas públicas e, mesmo que existam particularidades, é possível essa união. “E se você tem uma política pública que favorece isso, conseguimos trabalhar em conjunto para captar recursos e potencializar setores, áreas e projetos que entendemos estratégicos enquanto região”.

Romper com a dualidade de falar em “Vale do Taquari” ou “Vale do Rio Pardo” seria um dos desafios a partir da criação do aglomerado.


Como seria o Aglomerado Urbano da Região dos Vales

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