O baixo índice de imunização contra a Influenza faz com que a região mude a estratégia e amplie a vacinação para todos os públicos. Dentro dos grupos prioritários (gestantes, puérperas, crianças até seis anos, profissionais de saúde e professores), o Ministério da Saúde contabiliza a cobertura de 46,1,% em 38 cidades da região.
A média é superior ao acompanhamento estadual. Até ontem, 44,5% do público-alvo havia recebido a dose contra a gripe. A campanha iniciada em 10 de abril termina hoje em todo o país. Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi, a liberação para outras faixas etárias serem vacinadas é uma forma de conter a propagação da gripe.
A partir de mapeamento da Secretaria Estadual de Saúde, foram constatadas a presença de seis tipos de vírus na região. Quatro deles são por transmissão entre pessoas e atacam as vias respiratórias.
Pelos diagnósticos, as Influenzas A e B estão presentes na maioria dos casos que evoluem para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e que precisam de internação. A vacina disponível na rede pública protege contra essas duas cepas. “Tomar a vacina é a melhor forma de prevenção”, alerta Juliana.
A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) observa prevalência de casos de Influenza A (H1N1) e de covid-19 nas hospitalizações. De acordo com a responsável, Rafaela Fagundes, o quadro clínico de pacientes contaminados por esse vírus costuma evoluir para SRAG justo entre os grupos prioritários (crianças e idosos).
“Recomendamos para que os municípios intensifiquem a vacinação. Que propiciem, na medida do possível, acesso ampliado e facilitado à população, seja por meio de horário estendido ou alternativo nas salas de vacina”, frisa boletim epidemiológico da 16ª CRS.
Pelo acompanhamento do Ministério da Saúde, do total de 147,2 mil pessoas dos grupos prioritários na região, foram vacinadas pouco mais de 67,8 mil. Nenhuma cidade da região chegou a meta de 90% do público-alvo imunizado.
Baixa vacinação eleva gravidade
Como os casos críticos têm associação entre doenças, manter o calendário de vacinação em dia significa reduzir riscos, afirma Juliana. Porém, em Lajeado, o percentual de imunização está abaixo da média gaúcha e nacional. Desde o início da vacinação contra a influenza, o RS alcançou 44,5% da meta, o país 40,6% e Lajeado está em 37,6%. “Crianças e idosos são os grupos de risco. Com esse baixo índice, estamos tendo um pico de internações.”
Entre as crianças, o dado é ainda mais preocupante. Apenas 16% do público de seis meses a até menos de seis anos receberam a dose. “As cepas em circulação são as mesmas da epidemia de 2009. A vacina de hoje protege contra as influenzas.” De acordo com Juliana, ainda existe muita desinformação. “As pessoas dizem que tomaram a vacina e ficaram gripadas. Tomar a dose não quer dizer que vai ficar imune a doença. Pode até pegar, mas evita que se torne um caso grave e de internação”, afirma.
NA REGIÃO