Não perca a chance de salvar o meio ambiente

VIVER CIDADES

Não perca a chance de salvar o meio ambiente

I Concurso Viver Cidades abre novo prazo para inscrições de projetos nas categorias ensino fundamental, médio e escolas

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Atualizado segunda-feira,
27 de Fevereiro de 2023 às 16:57

Não perca a chance de salvar o meio ambiente
Foto: Divulgação
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O I Concurso Viver Cidades está com novo período para inscrição de projetos – até 26 de março. São três categorias: estudantes do 6º ao 9º ano do ensino Fundamental, alunos do Médio e escolas das redes pública e privada. Além de contribuir para sustentabilidade, as iniciativas concorrem a prêmios equivalentes a R$ 25 mil.

Os objetivos do concurso são estimular a criatividade e despertar a consciência ecológica por meio do desenvolvimento de projetos que utilizem materiais recicláveis e que criem soluções para reduzir os impactos ambientais.

Os adolescentes poderão experimentar a prática do upcycling, que é uma evolução em cima do conceito de reaproveitamento. É dar continuidade do ciclo de vida do produto.

Para os estudantes do 6º ao 9º ano a proposta é criar peças – jogos, brinquedos, utensílios, artesanato – a partir de materiais recicláveis. Na avaliação serão consideradas a criatividade, a resistência e a aplicabilidade.

Os jovens do Ensino Médio o desafio é apresentar projetos voltados à preservação ambiental que possam ser aplicados no dia a dia nas escolas, empresas, residências ou outras organizações.

As escolas também poderão inscrever suas iniciativas voltadas à sustentabilidade, sendo uma inédita, criada a partir de 31 de março de 2022.

O regulamento está disponível no site grupoahora.net.br, na aba Viver Cidades. As inscrições são online.

Junto com a ficha, devem ser anexados até três fotos e um vídeo de até 30 segundos mostrando e apresentando o projeto.

Períodos de inscrição: de 1º de junho a 14 de outubro de 2022 e de 16 de fevereiro a 26 de março de 2023.

Premiação

Categoria estudantes

  • 1º lugar – R$ 5 mil
  • 2º lugar – R$ 3 mil
  • 3º lugar – R$ 2 mil

Categoria escolas

  • Cinco prêmios no valor equivalente a R$ 1 mil.

Vidro + criatividade = upcycling

Artesão produz 70 itens diferentes e dá continuidade ao ciclo de vida do principal produto usado nas peças (Foto: Luciane Eschberger Ferreira)

“Nosso trabalho básico é com o vidro. Todo o resto é complemento.” As duas frases do artesão Fernando Rocha podem ser resumidas em uma palavra: upcycling. O vidro que chega às suas mãos, em vez de ser descartado, ganha um novo uso, um novo ciclo de vida. “A ideia é sempre reutilizar, porque se você jogar o vidro na grama, ele não vai sumir.”

O trabalho com artesanato em vidro começou há 7 anos a partir de uma demanda da filha, moradora de Porto Alegre. “Ela produziu uma cachaça e precisou de um copo, que tivesse um conceito mais artesanal.” Desse copo, feito com parte de garrafas de cerveja, começou todo o resto.

As técnicas de corte e acabamento foram aperfeiçoadas e novas peças passaram a fazer parte da produção. “Hoje, temos cerca de 70 itens. A madeira passou a dar um toque natural, e as mensagens positivas, de sentimento. “À peça principal, são agregados ferro, pedra, plantas, entre outros materiais.”

Rocha conta que a madeira utilizada é coletada na natureza ou a partir de sobras. “Juntamos galhos caídos e buscamos sobras doadas.” Os troncos viram relógios, porta-chaves e outros objetos.”

Os cactos e as suculentas passaram a integrar o artesanato da marca Arteliê. O custo da compra de terceiros, lembra Rocha, encareceu as peças. “Então decidimos plantar matrizes, que hoje geram todas as plantas que utilizamos nas nossas confecções, cerca de mil unidades/mês.” Todo o processo de cultivo ocorre no espaço dividido em loja, estufa de plantas, depósito de vidro e área de produção, centro de Lajeado.

“Me orgulho muito de todo o processo de confecção dos nossos itens, porque ver materiais, que a princípio seriam descartados, virando algo útil novamente, causa uma sensação fantástica.”

Cada detalhe feito à mão transforma itens rústicos em obra de arte e ganha reconhecimento dos clientes. “A receptividade do público de outras regiões e estados é incrível. Fizemos amizades e fechamos negócios em feiras fora da nossa região.” Rocha observa que as pessoas têm um olhar diferente para os cuidados ao meio ambiente. “Recebemos um respeito enorme, algo que acaba resultando em lucros maiores, pois, quando vendemos em outras cidades, temos uma busca muito maior do que aqui na região.” O maior volume de vendas é na capital gaúcha.

O artesão destaca o quanto é prazeroso trabalhar em família. “Uma das minhas filhas, a Mariana, me ajuda na divulgação das nossas confecções; a minha esposa, Marta, cuida da plantação de cactos e suculentas; e meus outros filhos, o Leonado e a Luana, que moram em Porto Alegre, dão opinião, ajudam na compra de materiais, além de várias outras coisas.”

A última novidade do Arteliê são peças suspensas com suporte na técnica macramê. E o próximo desafio tem um objetivo: terminar com o pouco vidro que sobra nos cortes. A ideia é dominar a técnica de derreter, formar novas peças e praticamente alcançar o resíduo zero do vidro.

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