Municípios intensificam ações para  evitar proliferação do Aedes aegypti

Combate a Dengue

Municípios intensificam ações para evitar proliferação do Aedes aegypti

Em Lajeado, número de ovos do mosquito encontrados em armadilhas cresceu 552% em janeiro na comparação com o mês anterior. Teutônia projeta trabalhos imediatos em áreas com mais focos. Região tem um caso confirmado em 2023

Municípios intensificam ações para  evitar proliferação do Aedes aegypti
Armadilha é uma nova tecnologia adotada em dezenas de municípios gaúchos pela Secretaria de Saúde. Crédito: Divulgação
Vale do Taquari

Com seis casos suspeitos de dengue em 2023, Lajeado intensifica ações para combater a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A divulgação dos resultados das ovitrampas – armadilhas instaladas em pontos estratégicos – aponta para uma expressiva alta na captura de ovos do inseto.

Se em dezembro foram 309 ovos do mosquito encontrados em 19 armadilhas, esse número saltou para mais de 2 mil em janeiro, em 49 ovitrampas espalhadas por cinco bairros da cidade. Com base nesses dados, a Vigilância Ambiental do município deve agir diretamente nos locais com maior risco de proliferação.

“O último monitoramento nos surpreendeu. Isso significa que temos mais quantidade de mosquitos em circulação no município. A partir desses resultados, serão direcionados esforços nos locais com mais ovos e se antecipar a possíveis surtos”, comenta a bióloga e coordenadora do setor, Catiana Lanius.

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O bairro Florestal registrou o maior número de ovos capturados – mais de 600 – e também a maior armadilha, com 332 ovos numa única ovitrampa. Os outros bairros onde ocorreu a coleta foram o São Cristóvão, Moinhos, Centro e Americano.

Além das ovitrampas, ao longo desta semana, agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde promoveram o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (Lira). A metodologia auxiliará na avaliação da situação do município.

Iniciativa estadual

Lajeado foi selecionado pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio de critérios epidemiológicos e operacionais, para a implementação desta estratégia de monitoramento. As armadilhas são instaladas a uma distância de cerca de 200 metros uma da outra.

As armadilhas consistem em vasos de planta sem furo e palhetas de madeira (eucatex), nas quais é colocada água com levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos no local. Segundo Catiana, é uma forma de direcionar corretamente as medidas de controle do inseto.

Focos em Teutônia

Com focos do mosquito em quatro bairros, Teutônia também deve intensificar as ações. A Vigilância em Saúde identificou dezenas de áreas em que ocorre o descarte irregular de resíduos, o que estaria por trás da proliferação do Aedes.

“É necessária uma conscientização da população quanto a destinação correta do lixo, entulhos, galhos, mobiliário e demais resíduos”, alerta o coordenador da Vigilância Sanitária, Evandro Borba.

As amostras coletadas em visitas dos agentes de endemias e de saúde são analisadas no Laboratório de Entomologia do município, o que agiliza os resultados e possibilita ações imediatas no combate ao mosquito.

Taquari é a única cidade do Vale com casos confirmados em 2023 da doença. Ao todo, são 19 no RS. Alegrete, Campo Bom, Porto Alegre e Sapucaia do Sul, todos com dois, puxam a lista.

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