“Sabemos que nossas ações vão fazer a diferença no futuro”

VIVER CIDADES

“Sabemos que nossas ações vão fazer a diferença no futuro”

Preservação de rios e arroios foi tema de painel na Rádio A Hora. Iniciativa faz parte do projeto Viver Cidades, que prevê uma série de debates na área ambiental em 2023

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“Sabemos que nossas ações vão fazer a diferença no futuro”
Painel Viver Cidades foi apresentado nessa quarta-feira na Rádio A Hora 102.9. Crédito: Rodrigo Gallas
Lajeado
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“Cursos d’água: esforços para recuperar e preservar” foi tema do painel Viver Cidades dessa quarta-feira, na Rádio A Hora 102.9. O programa foi o primeiro de uma série de encontros que ocorrem durante o ano, com debates na área ambiental

Os convidados foram a química industrial da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Lajeado, Gabriela Roehrs, o integrante do Comitê das Nascentes do Arroio Castelhano de Venâncio Aires, Rui Delsio Schwinn, e a fiscal do Meio Ambiente de Venâncio Aires, Carin Taiara Gomes.

Durante a entrevista, Gabriela explicou sobre o projeto Nosso Saraquá que envolve uma iniciativa maior do município para a recuperação e preservação dos rios e arroios. “A ideia do Nosso Saraquá é a gente mapear todas as áreas de preservação da divisa de Santa Clara até a foz no Rio Taquari”, destaca a química. Ela também ressalta o trabalho com os proprietários de terras em que há áreas de preservação para que seja possível recuperar esses espaços.

Além disso, está sendo feita a análise da água dos rios para verificar a qualidade e observar pontos de descarte irregular de resíduos nos arroios. As pesquisas também são feitas pelo Grupo A Hora, por meio do projeto Viver Cidades e, agora, Venâncio Aires se integra à iniciativa.

“Aqui não interferimos na qualidade da água que a gente bebe. Outros municípios anteriores a Lajeado sim. Mas nós interferimos na água que outros municípios vão beber. As pesquisas têm demonstrado uma qualidade muito ruim dos nossos arroios”, explica Gabriela. As próximas amostras serão coletadas em março e outubro.

A química também comenta sobre a poluição da vegetação nos entornos dos rios e arroios, em especial, com descarte de lixo doméstico. No ano passado, o município organizou mutirões de limpeza para recolhimento dos resíduos. Mas, a cada nova visita aos arroios, mais lixo é encontrado.

Para ela, a participação comunitária é importante para a preservação das águas e o município desenvolve um projeto chamado Rio da Minha Rua, para que as pessoas possam pensar sobre os rios que passam perto de suas residências ou comunicar ao meio ambiente alguma irregularidade.

“As pessoas precisam se informar, cobrar o poder público em relação à água, ao lixo, ver se não está passando um rio perto de casa”, afirma Gabriela. Para incentivar a participação comunitária, Lajeado também oferece desconto de IPTU para árvores nativas em pátios e calçadas de casa, e um projeto de compostagem nas escolas.

Pesquisa em rios e arroios ligada ao projeto Viver Cidades mostra baixa qualidade da água de Lajeado. Crédito: Luciane Eschberger Ferreira

Incentivos

Atividades semelhantes também são desenvolvidas em Venâncio Aires. Carin destaca a distribuição de mais de mil composteiras gratuitas à comunidade feitas no ano passado. Neste ano, a ideia é dar seguimento à iniciativa com nova distribuição.

Além disso, o projeto IPTU Verde prevê um desconto para quem tem práticas ambientais no município, como as composteiras, árvores na calçada, energia fotovoltaica, entre outras ações.

“Quanto mais tempo passa, mais percebemos as interferências das mudanças climáticas. Nós da área ambiental sabemos que nossas ações vão fazer a diferença no futuro, mas quem está na correria do dia a dia, muitas vezes não tem essas informações”, observa.

Alerta à escassez

Integrante do Comitê das Nascentes do Arroio Castelhano de Venâncio Aires, Schwinn destaca a importância do arroio para o município, já que o córrego é o único ponto de abastecimento de água da cidade. Por isso, defende que a preservação e o cuidado com desperdício de água deve ser pensado de forma contínua.

No momento, Venâncio está com um decreto de racionamento de água que impede a utilização para lavar telhados, calçadas ou outras ações semelhantes, dando prioridade ao consumo para a comunidade.

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