Mãe é condenada a 30 anos de prisão por morte de menino em Planalto

CASO RAFAEL

Mãe é condenada a 30 anos de prisão por morte de menino em Planalto

Julgamento iniciou na segunda-feira (16) e encerrou na noite desta quarta-feira (18)

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Mãe é condenada a 30 anos de prisão por morte de menino em Planalto
Divulgação/TJ-RS
Brasil

Alexandra Salete Dougokenski foi condenada a 30 anos e dois meses de reclusão e seis meses de detenção pela morte do filho, Rafael Winques. Após três dias de trabalhos, o Conselho de Sentença acolheu a tese da acusação, considerando a ré culpada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. O Tribunal do Júri foi presidido pela Juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna e integrado por quatro juradas e três jurados. Cabe recurso da decisão.

Penas
Homicídio qualificado: 28 anos de reclusão
Ocultação de cadáver: 1 ano e 2 meses de reclusão
Falsidade ideológica: 1 ano de reclusão
Fraude processual: 6 meses de detenção
Pena total: 30 anos e 2 meses de reclusão e 6 meses de detenção

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Caso
De acordo com a denúncia, Rafael foi morto entre a noite de 14/05/20 e a madrugada de 15/05/20. A mãe estaria inconformada com o fato de o menino estar desobedecendo as suas ordens, brincando no celular até tarde. Alexandra teria ministrado na criança duas doses de Diazepam e, com o menino ainda desacordado, o estrangulou com uma corda de varal. Transportou o corpo até o terreno vizinho, depositando-o dentro de uma caixa. O desaparecimento de Rafael gerou a comoção da comunidade, que auxiliou nas buscas. Nesse período, alguns suspeitos, como o próprio pai do menino e o namorado, dela foram investigados.

Até  que, dez dias depois, Alexandra apontou aos policiais o local onde estaria o corpo. Inicialmente, ela disse que matou o menino sem querer. Depois, em novo interrogatório, assumiu o dolo.

Já a defesa dela sustentou que Rodrigo Winques, pai de Rafael, era o autor do crime. No seu interrogatório, hoje mais cedo, ela disse que o ex-companheiro e um comparsa foram até a casa dela, naquela madrugada, com o objetivo de levar o menino embora. Rafael teria se debatido e Rodrigo o segurou e amarrou com uma corda, asfixiando a criança. A mãe teria sido obrigada a acompanhar a dupla até o terreno ao lado da casa dela, onde o corpo foi colocado. Alexandra também acusou o pai de Rafael de cometer violência doméstica e sexual contra ela, enquanto viviam juntos, e de ser um pai ausente.

Júri
O júri popular teve início na segunda-feira (16), no Foro da Comarca de Planalto. Em plenário, foram ouvidas 10 testemunhas e informantes, entre eles, familiares da ré, Delegados, professoras de Rafael e o pai dele, Rodrigo. O interrogatório de Alexandra aconteceu na manhã de hoje e foi seguido pelos debates, que se estenderam até a noite. Por volta das 23h30min, a Juíza Marilene fez a leitura da sentença.

Pela defesa, atuaram os Advogados Jean Severo, Filipe Trelles e Mayara Juppa. Pela acusação, representaram o Ministério Público os Promotores de Justiça Diogo Taborda, Marcelo Tubino e Michele Dumke, além do Assistente de Acusação, Advogado Daniel Tonetto.

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