Em noite de emoção e solidariedade, 22 casais celebram a união no CTC

LAJEADO

Em noite de emoção e solidariedade, 22 casais celebram a união no CTC

Organizado por entidades beneficentes e governo municipal, Casamento Coletivo Inclusivo ocorreu na noite de ontem, no Clube Tiro e Caça

Por

Atualizado quarta-feira,
23 de Novembro de 2022 às 08:17

Em noite de emoção e solidariedade, 22 casais celebram a união no CTC
O sonho de Claudia e Claiton Luis era ver a filha Lívia ser daminha no seu casamento, Crédito: Bibiana Faleiro
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Ver a filha Lívia, 9, vestida de daminha para celebrar o casamento dos pais era um sonho de Claudia Mergen, 45, e Claiton Luis Henz, 49. Na noite de terça-feira, depois de 11 anos juntos, o casal oficializou o matrimônio durante o Casamento Coletivo Inclusivo de Lajeado, e tirou o velho desejo do papel.

Os moradores do bairro Igrejinha, em Lajeado, celebraram a união ao lado de Lívia, dos irmãos de Claiton, e de outros 21 casais que participaram da cerimônia gratuita no Clube Tiro e Caça (CTC). Cláudia conta que os preparativos antes do casamento foram agitados, a família foi atrás de vestido de noiva e alianças.

O casal se conheceu em novembro de 2011, no restaurante de uma amiga, em Santa Catarina e, em 2012, os dois já moravam juntos. A burocracia na regularização do divórcio de Claiton foi um dos motivos de não terem se casado naquele ano.

“Desde o início, quando a gente se conheceu e conversamos, vimos que as nossas ideias, sonhos e objetivos eram exatamente os mesmos. Mas também passamos por muitas provações. Estamos juntos hoje porque a gente realmente se ama”, destaca Cláudia. Sem condições de organizar um passeio para os próximos dias, a lua de mel do casal será programada para, quem sabe, o ano que vem.

Uma rede solidária

De acordo com o diretor-presidente do Núcleo Vale do Taquari do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Roger Wiliam Bertolo, o projeto tem o objetivo de regularizar o estado civil de casais de baixa renda. Esta é a primeira vez que o município organizou um Casamento Coletivo Inclusivo, mas nenhum casal homoafetivo ou com deficiência foi inscrito.

A iniciativa é do IBDFAM, em parceria com o Registro Civil de Pessoas Naturais de Lajeado, Secretaria do Desenvolvimento Social (SMDS), Rotaract Club de Lajeado e Clube Tiro e Caça (CTC).

Para o evento, os casais receberam a doação de vestidos de noiva ou roupas sociais. Maquiadoras e cabeleireiras voluntárias também preparam as mulheres para a grande noite.

Cada casal convidou sete pessoas para participar da cerimônia com um juiz de paz. Após o casamento civil, os noivos tiveram um momento de brinde e fotos, e um coquetel foi servido aos convidados. A noite também foi embalada pela voz e violão de Manuela Faleiro. Antes do evento, um trabalho de preparação dos casais e confecção de buquês foi organizado com os noivos.

Alegria em dose dupla

Quem também participou da cerimônia foi Graziela Deise Bianchini, 42, e Luis Fernando Gouvea, 40. O casal se conheceu em 2016. A situação financeira da família não permitiu que se casassem algum tempo depois e, em 2017, passaram a morar juntos.

“Nós sempre tivemos a vontade de casar, mas por falta de condições, fomos adiando”, conta Graziela. Para a cerimônia, a moradora do bairro São Bento escolheu um vestido simples para comemorar a data com a família. Além de oficializar o casamento, o casal vive, hoje, um novo sonho: a espera do primeiro filho.

Além de oficializar o matrimônio, o casal Graziela Luis Fernando vive, hoje, um novo sonho: a espera do primeiro filho. Crédito: Bibiana Faleiro

Acompanhe
nossas
redes sociais