Debate aborda inovações em saúde e atendimento à criança autista

NOSSOS FILHOS

Debate aborda inovações em saúde e atendimento à criança autista

Representantes da Unimed VTRP participaram do programa “Nossos Filhos” e apresentaram trabalho desenvolvido pelo Vibee e também pelo espaço “Imaginamente”

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Debate aborda inovações em saúde e atendimento à criança autista
Rosilene e Loreto, superintendentes da Unimed, foram os convidados da edição, apresentada direto da Expovale. Crédito: Deivid Tirp
Lajeado

Nos últimos anos, novas tecnologias em saúde têm conquistado cada vez mais espaço no mercado e forçam uma adaptação de profissionais e também de pacientes. Esse processo foi acelerado em meio à pandemia, onde as restrições impostas obrigaram mudanças significativas em diferentes serviços ofertados a população.

Dentro desse contexto, projetos e ações inovadoras se destacam na região. Algumas delas, inclusive, contemplam o público infantil. Dentro da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, o espaço Imaginamente, voltado ao atendimento à criança com transtorno do espectro autista (TEA). Num contexto geral, o Vibee Unimed, hub de inovação da cooperativa, se destaca.

As duas iniciativas foram abordadas em “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora dessa quinta-feira, 17, transmitido direto do pavilhão 2 do Parque do Imigrante, no sétimo dia da Expovale+Construmóbil. Participaram a superintendente executiva da Unimed VTRP, Rosilene Knebel, e o superintendente de Desenvolvimento e responsável pelo Imaginamente, Fábio Loreto.

Auxílio no desenvolvimento

O Imaginamente é um espaço criado para pessoas com TEA imaginarem, brincarem, aprenderem e se desenvolverem. O objetivo é acolher famílias para realização de tratamento especializado. O local foi projetado para auxiliar em várias etapas do desenvolvimento. “Ele nasceu há um ano e meio. Lançamos porque identificamos necessidade de um atendimento diferenciado”, cita Loreto.

Tudo foi pensado no desenvolvimento da pessoa com o transtorno. Desde o ambiente até os serviços ofertados. “A família busca atendimento do pediatra e tem encaminhamento para vir ao espaço. Lá, é acolhido por um dos nossos profissionais e é montado um plano terapêutico a ele. Alguns frequentam duas, três horas por semana”.

Loreto salienta que, no início, eram 40 famílias atendidas no espaço. “Hoje são 400. Em um ano e meio, tivemos esse aumento expressivo. Não imaginávamos que havia tanta demanda, tanto aqui em Lajeado quanto em Santa Cruz do Sul. E sempre buscamos prestar um atendimento da melhor qualidade, com uma metodologia adequada e diferenciada”.

Conexão com a pediatria

Desde 2020 em atividade, o Vibee já acelerou 48 startups na área da saúde. Um trabalho que surgiu, segundo Rosilene, a partir da inspiração nas visitas ao Vale do Silício, em 2019. “Lá eram mais de 3 mil startups, só naqueles municípios do entorno. Um cupinzeiro que brotou mundialmente, e aqui o estopim foi a pandemia, com a necessidade de criar alternativas e novas soluções”, comenta.

Rosilene destaca que o olhar vertical do Vibee faz com que o espectro de atuação das startups seja bastante amplo. “E, das aceleradas que trouxemos, conseguimos plugar muito fácil algumas com a pediatria, como a Fix It, que faz impressão de talas e órteses em 3D, que podem ser usadas na substituição do gesso. Ela é bastante forte e muito bem aceita pelo público infantil”, frisa.

Outro exemplo citado por Rosilene é a TytoCare, tecnologia que a equipe conheceu em Israel. Apesar das restrições iniciais, hoje já é melhor aceito inclusive pelos profissionais. “A telemedicina para a pediatria sempre há um receio, mas com esse equipamento se consegue fazer autoscopia, verificar a garganta, faze escuta pulmonar e cardíaca, por exemplo”.

Startups na área da saúde

– O Rio Grande do Sul é o segundo estado com maior número de “healthtechs”, atrás apenas de São Paulo e à frente de outras potências em inovação, como Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro;

– Em 2021, healthtechs movimentaram R$ 1,79 bilhão no país;

– O segmento com maior número de companhias em funcionamento é de financiamento (8,31%), seguido por gestão e processos (7,81%) e exames e diagnósticos (6,8%);

– Em três anos (de 2019 a 2022), houve um crescimento de 16,1% no número de startups desenvolvidas na área da saúde.

Imaginamente

– Criado em 2021, o espaço é uma clínica especializada no cuidado e atenção às pessoas que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA);

– Tem como missão acolher famílias para realização de tratamento especializado. O local foi projetado para atender demandas de pessoas com o transtorno;

– O trabalho é feito por uma equipe interdisciplinar, composta por médica neuropediatra, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudióloga, nutricionista e demais profissionais apoiadores desses tratamentos;

– As salas de atendimento contam com portas com vidro espião e infraestrutura de áudio e microfone especiais, de modo que pais e cuidadores possam acompanhar atendimentos quando indicado.

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