A bicicleta como alternativa para democratizar os espaços urbanos

Opinião

Paulo Gustavo Sehn

Paulo Gustavo Sehn

A bicicleta como alternativa para democratizar os espaços urbanos

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A mobilidade urbana é um grande desafio para as cidades, não só de médio e grande porte, mas já perceptível em cidades menores. À medida que as cidades crescem e expandem seus limites, as distâncias entre os inúmeros serviços, necessários à sobrevivência e também o local de trabalho, tendem a aumentar. Tais aspectos confrontam com o princípio de criação das cidades que, historicamente, (dentre outros) foi para proporcionar conforto e encurtar as distâncias entre as pessoas e suas demandas.

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Com a ascensão do ciclismo, visível nas cidades – não só na nossa região mas a nível mundial – a gestão pública tem sido pressionada para oferecer meios viários alternativos para comportar essa crescente. O que chamo de democratização viária, pois tais alternativas tendem a reduzir os engarrafamentos, melhorar questões ambientais como a qualidade do ar, reduzir acidentes de trânsito e, mais que isso, otimizar os deslocamentos e o tempo decorrido entre os pontos de origem e destino, não só para quem pedala mas para todos que vivem nas cidades.

Estudos apontam que em grandes centros, as pessoas perdem cerca de quarenta dias do ano parados em congestionamentos. Quem vive em cidades menores, não acredita quando, nas capitais, principalmente, as pessoas levam cerca de noventa minutos para percorrer distâncias próximas de dez quilômetros – o que de bicicleta levaria vinte e cinco minutos. Em igual escala mas (ainda) não tão presente na nossa região, a poluição sonora também é um dos problemas advindos da crescente urbanização e que podem ser minimizados a partir do uso de meios de transporte alternativos, como a bicicleta.

Além da qualidade de vida que tende a melhorar, a redução dos veículos nas vias proporciona um ambiente mais harmonioso, agradável e limpo, também reduz o custo urbano, pois pessoas saudáveis produzem mais, adoecem menos e consequentemente se isentam do uso dos sistemas de saúde.

Admito que a transformação é lenta e tampouco instantânea, pois começar a pedalar envolve não só as questões de infraestrutura supracitadas mas também a mudança de pensamento e organização pessoal. Porém, fica para reflexão, as vantagens que o uso da bicicleta traz são iminentes. Não precisamos esperar o “problema” aparecer para saná-lo, pois temos recursos e conhecimento suficientes para evitá-lo.


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