Associação de professores contesta contratação de voluntários em Teutônia

PROJETO DE ALFABETIZAÇÃO

Associação de professores contesta contratação de voluntários em Teutônia

Governo explica que novo projeto de alfabetização tem origem no executivo federal, sem a possibilidade de adaptar pontos específicos. Críticas remontam a programa anterior, que remunerava e vinculava profissionais da educação

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Atualizado quarta-feira,
29 de Junho de 2022 às 13:51

Associação de professores contesta contratação de voluntários em Teutônia
(Foto: Divulgação)
Teutônia
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A publicação de edital para processo seletivo de contratação de assistentes de Alfabetização Voluntários foi motivo de questionamentos por parte da comunidade. O concurso atende ao Programa Tempo de Aprender, do governo federal, que prevê recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

A determinação de um apoio financeiro de R$ 150 por mês, como ressarcimento para despesas, se tornou o principal alvo dos apontamentos. Cada profissional receberá a quantia por turma atendida, sendo que a carga horária será de cinco horas semanais por grupo.

O término do programa Alfabetiza, que surgiu com intuito semelhante, foi outro motivo de queixas. No projeto do município, foram contratados 48 professores para atender a alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental, no modelo de reforço no aprendizado e com dois profissionais em sala de aula. A vigência das atividades terminou no dia 23 de junho.

De acordo com a presidente da Associação dos Professores Municipais de Teutônia, Haike Luise Schwingel, o posicionamento contrário é de alguns professores regentes das turmas do Alfabetiza. Ela pontua que a crítica também ocorre porque no novo programa não é exigido ser pedagogo – os candidatos devem ter o curso normal de magistério concluído, ou superior em pedagogia em andamento ou concluído.

A assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Sabrina Henz, diz que são cinco as escolas do município que participarão do novo programa, cada uma com quatro turmas de 1º e 2º anos, em média – séries atendidas pelos voluntários. “A ideia foi finalizar o programa próprio para depois implementar o programa federal.”

“Nós agilizamos para que o edital fosse publicado o mais rápido possível, para não deixar alunos desamparados”, explica, fazendo referência ao novo programa. O valor estimado para ressarcimentos e custeio fica entre R$ 6 mil e R$ 7 mil.

Atraso no início do projeto

Sabrina lembra que a adesão ocorreu em 2020, ainda na gestão anterior. “Essa é uma das ações vinculadas a política nacional de alfabetização, implementada em 2019. Como o programa não se cumpriu no período, por causa da pandemia, o Ministério da Educação ofereceu apoio técnico online, através da plataforma de cursos do governo.”

Perspectiva de desinteresse 

Com a diferença do modelo no projeto encerrado pelo município, para o ofertado pelo governo federal, a questão financeira se torna determinante para a adesão. No Alfabetiza, os profissionais tinham carga horária de 25 horas semanais com remuneração de quase R$ 2,6 mil por mês. Enquanto isso, o ressarcimento no Tempo de Aprender tende a “espantar” eventuais candidatos.

Os voluntários poderão atender até oito turmas, com carga de cinco horas semanais. Com isso, Sabrina projeta que professores da rede que trabalham em um regime diferente, possam se interessar. “Entendemos que não sobre tempo para o professor em meio às atividades”, complementa.


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