Quando começou a montar as primeiras peças?
Faz mais de quatro anos. Sempre tive interesse pela marcenaria e montagem de peças artesanais em madeiras. Com o passar do tempo busquei me especializar com cursos e praticar novas técnicas e assim montar as primeiras esculturas reaproveitando madeiras antigas que eram descartadas.
A deficiência física atrapalha neste trabalho?
Sim, tenho a perna amputada há mais de 23 anos. Com ajuda de empresários consegui uma prótese e graças a ela consigo me movimentar pela casa e realizar as tarefas. A maior parte do tempo dedico aos cuidados da minha mãe, Iraci, 81 que possui complicações na visão e mal de Alzheimer.
Quando passou a se dedicar mais?
Há dois anos tive o meu benefício do INSS cortado. Com isso, decidi investir e comprar alguns equipamentos e montar um pequeno espaço nos fundos de casa. Dentro das minhas limitações, consegui crias pequenas peças artesanais como tábuas em madeira, cabos e porta chaves.
Tem interesse de participar em exposições?
Em maio fui convidado e participei pela primeira vez de uma feira de exposições em Travesseiro. O resultado foi positivo, muitas pessoas reconheceram o meu trabalho e vi a possibilidade de ter no artesanato em madeira uma fonte de renda. Já cogito participar de mais eventos pela região e divulgar meu trabalho cada vez mais.
Quais peças são fabricadas?
Hoje recebo vários pedidos. Os mais fabricados são móveis como mesas e cadeiras feitas com madeira oriundas de demolição que dão uma tonalidade mais rústicas nas residências e também peças decorativas, como relógios, porta chaves, cabos, tábuas de carne, brinquedos. Tudo envolve tempo e muita dedicação.
A ideia é tornar um trabalho profissional?
Eu estou começando. Isso é um passatempo que pode tornar-se meu ganha pão. Vou crescer aos poucos, buscar meu espaço no mercado e o reconhecimento dos clientes. Hoje tenho algumas limitações e preciso respeitar isso.
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