Governo destrava Pronaf, mas atrasa Plano Safra

Caderno Agro

Governo destrava Pronaf, mas atrasa Plano Safra

Operações de crédito estavam suspensas desde fevereiro. Valores disponibilizados compõem o orçamento do ano passado. Programação para a nova safra ainda não foi anunciada e gera apreensão no campo

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Governo destrava Pronaf, mas atrasa Plano Safra
Produtores e entidades temem que indefinição sobre o novo orçamento para políticas públicas atrasem a safra. Crédito: Felipe Neitzke
Brasil

O governo federal autorizou a liberação de R$ 1,5 bilhão para linhas de crédito na agricultura familiar. Os valores permitem destravar projetos de custeio e investimento por meio dos programas Pronaf e Pronamp. A oferta de recursos estava suspensa desde fevereiro.

Na época, produtores e entidades uniram forças em atos públicos para pressionar líderes políticos. As manifestações tiveram como objetivo chamar a atenção da União para a importância de garantir o orçamento do Plano Safra. Mesmo com a liberação de valores represados, a preocupação segue diante do atraso em anunciar os recursos para a safra 2022/2023.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, é lamentável que os recursos tenham se esgotado tão cedo. “Mesmo que tardia, a liberação é positiva.”
Conforme o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Marcos Hinrichsen, a confirmação do dinheiro é fundamental para os investimentos no campo. “Têm projetos travados nas instituições financeiras por falta dos valores da subvenção de juros.”

Apesar do anúncio do governo, o setor segue apreensivo com o atraso nas definições do novo Plano Safra. “Já deveria estar regulamentado e até agora nada. Isso pode atrasar o plantio, pois com a escalada de preços dos insumos, muitos produtos precisam recorrer aos financiamentos para iniciar a safra”, reforça Hinrichsen.

Essa nova solicitação foi tema de reunião na segunda-feira, 13, com a bancada gaúcha. Diante do atraso no orçamento para políticas públicas na agricultura familiar, há temor de que sejam feitos cortes e os recursos se tornem insuficientes. Os deputados e senadores se comprometeram a apresentar o pedido de urgência com a Casa Civil, Banco Central e Ministério da Economia.

 


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