Com objetivo de atender a demanda dos clientes por qualidade, a Dália Alimentos amplia seu portfólio de produtos. A partir da segunda quinzena de junho, a cooperativa vai iniciar a produção própria de queijos na unidade localizada no bairro Aimoré, em Arroio do Meio, representando um investimento de R$ 14 milhões. Serão cinco tipos: muçarela, provolone, prato, colonial e coalho.
O segmento queijeiro, porém, não é uma novidade para a Dália. Na década de 1970, a empresa fabricou queijo em uma pequena indústria localizada em Charqueada, no distrito de Putinga, com foco no consumo local e regional. Depois, na década de 1990, passaram a ser produzidas diversas opções de queijo na Unidade Aimoré, com comercialização estadual.
Para o novo desafio, houve todo o reaproveitamento da estrutura existente da produção de leite UHT em Arroio do Meio, desde caldeiras a vapor com capacidade de seis toneladas, sala de máquinas, câmara fria, laboratórios, estocagem, recebimento até a pasteurização de leite.
Rentabilidade
Segundo o presidente-executivo, Carlos Alberto Figueiredo Freitas, a queijaria é importante para a Dália, pois a cadeia de produtos lácteos comporta-se de forma diferente das demais ao longo do ano: há momentos em que o leite UHT é mais rentável, e outros que não, quando a produção é transferida para o leite em pó ou queijo. “Com a queijaria teremos três grupos de produtos com rentabilidade em períodos diferentes, o que nos possibilita diferentes opções para a transformação da matéria-prima”, justifica.
Outro fator que caracteriza a importância da queijaria, reforça Freitas, é o atendimento ao setor de vendas, cuja clientela tem interesse em expandir a aquisição de produtos fatiados. Segundo ele, a expectativa comercial de queijos é positiva, pois a Dália dispõe de uma ampla força de vendas espalhada no Brasil. “Acredito que, em pouco tempo, teremos disponível um bom volume de produção, tanto de queijo fatiado quanto inteiro”, projeta.
Capacidade e expectativas
Conforme o gerente da Divisão Produtos Láteos (DPL), Antônio Maria Salazar Leivas, a muçarela será o tipo de queijo de maior volume de produção, pois corresponde a 70% do consumo de queijos no mercado brasileiro. Ao todo, serão 22 embalagens para diversos tamanhos e formatos dos queijos muçarela, prato, provolone, coalho e colonial. Além disso, devem ser comercializado para outras fábricas alguns subprodutos, como soro concentrado, creme de soro e retalhos que sobram da central de fatiados.
O volume estimado para produção é de até 12 toneladas de queijo/dia. “Temos projeção para futuras adaptações de mais máquinas no setor de fatiamento. A área pode ser adaptada com a instalação de mais dois equipamentos para o setor de fatiamento e, com isso, aumentar a capacidade para até 18 toneladas/dia”, afirma o gerente.
Embutidos cárneos
Além de queijos, o conjunto no setor de fatiamento e termoformadora pode ser utilizado para embalagem de embutidos cárneos. “Há câmaras frias específicas somente para cárneos e outras somente para os queijos. Nos dias de embalar os embutidos, o fluxo passa a ser só de cárneos, sendo a parte da queijaria isolada neste dia, podendo retornar ao fatiamento de queijos após higienização e limpeza de todos os equipamentos”, explica o supervisor de Produção da Unidade Aimoré, Diego Pereira Cardozo.
créditos: Kástenes Roberto Casalli/divulgação