Sobrecarregada. Assim está a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lajeado. Após voltar ao patamar de atendimentos no período pré-pandemia, a unidade localizada no bairro Moinhos D’Água atinge números mensais inéditos desde que foi inaugurada, em 2014.
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A capacidade mensal da UPA, conforme classificação do Ministério da Saúde, é de 6,7 mil atendimentos. O recorde nos últimos 12 meses ocorreu em abril, com 10,6 mil, 58,4% a mais do que o projetado. Na comparação com o mesmo mês em 2021, o aumento foi de 106%. Números que acendem o sinal de alerta nas autoridades.
Para desafogar os serviços, município e Fundação Univates, que gerencia a UPA, propõe alternativas. Uma delas é a criação de um projeto de acolhimento e classificação de risco comum para toda a rede de atendimento na cidade. A ideia é que os pacientes classificados com risco baixo sejam atendidos nos postos de saúde.
“Já os pacientes com o risco aumentado serão atendidos no local adequado, o que gera uma integração entre os processos de atendimento de toda a rede de saúde do município, pública e privada”, explica a diretora dos Serviços de Saúde da Fundação Univates, Úrsula Jacobs. O projeto está em fase de execução e será implantado ainda este mês.
Hoje a UPA utiliza o Protocolo de Manchester, sistema adotado pela maioria dos serviços de emergência do país. A classificação dos atendimentos ocorre em cinco cores: azul (não urgente), verde (pouco urgente), amarelo (urgente), laranja (muito urgente) e vermelho (emergência).
Mais profissionais
Outra medida tomada pelo município é a contratação de mais profissionais para atuar nos postos de saúde, com o objetivo de reduzir o impacto na UPA. Num primeiro momento, foi ampliada em 60 dias a atuação de quatro médicos de suporte de 40 horas para atender consultas nas unidades dos bairros Conventos, Jardim do Cedro, Montanha e Olarias.
O aumento na procura por consultas também fez o governo de Lajeado a aumentar em 25% a carga horária médica por mês dos profissionais que atuam na UPA. A medida foi publicada no Diário Oficial em abril.
Surtos de doenças como a dengue, conforme Úrsula, impactam diretamente no volume de atendimento da unidade, sobretudo nas consultas médicas. “No entanto, mesmo com volume aumentado de consultas, mantemos um tempo médio de espera bem abaixo do tempo máximo preconizado pelo Ministério da Saúde”, frisa.
Atendimentos na UPA
Meses com mais atendimentos nos últimos 12 meses:
Abril/2022: 10.693
Janeiro/2022: 10.553
Março/2022: 9.912
Capacidade mensal: 6.750 (conforme classificação do Ministério da Saúde)
Total dos últimos 12 meses: 98.839
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