A busca da indústria de alimentos e de bebidas da região em conseguir o reconhecimento como APL por parte do Estado se aproxima do fim. O desfecho positivo após seis meses de debates, elaboração de documentos e organização do setor, ficou mais próximo após reunião na tarde de ontem na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
A comitiva regional, composta por integrantes da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), entregou a documentação exigida pelo Executivo gaúcho ao secretário Edson Brum. Esse reconhecimento como APL garante uma série de facilidades para as empresas participantes, tais como o aumento da competitividade local, a facilidade na comunicação entre todos os agentes, a oferta de mão de obra qualificada e o acesso facilitado a recursos públicos e descontos por meio do Fundopem.
“Há uma série de benefícios para as empresas participantes dos arranjos locais. Acompanhei essa organização desde o início. Para garantir a certificação, agora só depende da análise dos documentos e a confirmação por meio da diretora das APLs”, diz o secretário Brum.
O encontro para homologar a APL deve ocorrer nos próximos dias. De acordo com ele, a tendência é que em 15 dias o arranjo já faça parte das organizações certificadas pelo Estado.
Detalhes sobre a APL
A iniciativa surgiu da necessidade de inovação e organização coletiva ao desenvolvimento econômico regional. Entre os objetivos, ampliar a competitividade e tornar o Vale referência e reconhecido na produção de alimentos.
A discussão iniciou em reuniões da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) com o intuito de agilizar demandas junto aos governos. A entidade será a gestora do arranjo que passa a ter um conselho administrativo sob coordenação da empresária Aline Eggers Bagatini.
Neste primeiro momento, cerca de 20 empresas devem integrar o APL. A composição vai desde pequenos negócios locais a marcas com reconhecimento nacional e vendas em outros países. Durante dois anos, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), dará suporte, com um projeto de governança e estudo sobre a cadeia de alimentos da região.
Esse mapeamento tem o propósito de identificar as deficiências e os potenciais nos segmentos de leite, carnes, cereais, erva-mate, bebidas, entre outros.
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