Audiência pública ontem na câmara debateu situações que são alvos de reclamações da comunidade. Vereador quer criar comissão para fiscalizar contratos de perto.
As críticas da comunidade quanto a prestação de serviços de saúde de Lajeado foram tema de audiência pública na noite de ontem, 14, na câmara de vereadores. Representantes do município, da Univates e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram questionados sobre situações pontuais que chegam aos parlamentares.
Estiveram na audiência o secretário de Saúde de Lajeado, Cláudio Klein, o gerente jurídico da Univates, Álex Herold, e os coordenadores da UPA, Alex Borba e Úrsula Jacobs. O público pequeno, contudo, decepcionou vereadores que esperavam uma participação maior da comunidade.
Entre as principais queixas apresentadas, estavam a demora para atendimento da população em unidades de saúde e na UPA, o fechamento do Posto de Saúde do Morro 25 e a falta de médicos substitutos aos profissionais que saem de folga ou férias.
Quanto a esta última, Klein admite que há um problema a ser resolvido, após ser questionado por Lorival Silveira (PP). “Essa crítica é totalmente pertinente. Na UPA isso não acontece. O problema é nos postos. Hoje não há substituto, mas pretendemos trabalhar para resolver isso”, comenta.
Atendimento especializado
Marquinhos Schefer (MDB) sugeriu a criação de ambulatórios especializados para desafogar o atendimento na UPA. Segundo Klein, a unidade é exatamente o ponto de triagem dos casos. “O posto do Montanha fazia esse papel que a UPA faz hoje”.
Borba lembrou que, pelo formato concebido pelo Ministério da Saúde, a UPA Lajeado não pode contar com médicos especialistas. “Por essa portaria ministerial, somos do porte 2 e nível 5. A partir do nível 6, poderíamos ter especialidades. Alguns dos nossos médicos até são especialistas, mas atuam como emergencistas ou clínicos”, pontua.
Comissão
A partir da comissão, vereadores pretendem criar uma comissão especial para acompanhar de perto os contratos do município e a prestação de serviços de saúde. O vereador Jones Vavá (MDB), que deve tomar à frente, acredita que é necessária esta vigilância constante para buscar um melhor atendimento à comunidade.
“Nós questionamentos muito e as respostas chegam vazias até nós. Não há uma resposta efetiva. Por isso proponho a criação da comissão, independente do que foi respondido na assembleia. Ela tem que surtir algum efeito. Não dá para simplesmente sentar e ouvir. Temos que agir”, afirma.