A possibilidade de Lajeado ter um novo bairro avançou nesta semana. Os vereadores Deoli Gräff (PP) e Eder Spohr (MDB) se reuniram com o prefeito Marcelo Caumo para apresentar a proposta.
Na próxima terça-feira, 3, eles se reúnem com a equipe de engenheiros do município. Encontro serve para fazer eventuais ajustes no projeto. O próximo passo é consultar a opinião dos moradores que serão afetados por tal mudança.
Para isto, serão promovidas audiências públicas com a comunidade para repassar a proposta e fazer possíveis adaptações com os retornos que serão apresentados.
“Se os moradores tiverem interesse, vamos finalizar o projeto e enviar para votação na câmara de vereadores. Se aprovado, teremos um novo bairro em Lajeado”, diz Eder Spohr.
Segundo o prefeito, é difícil formar uma opinião definitiva sobre o tema sem ouvir aqueles que serão diretamente afetados se a criação de um novo bairro for concretizada. “Vamos ampliar o debate e envolver o maior número de pessoas possível”.
A área proposta para compor o novo bairro ocupa partes dos atuais bairros Moinhos d’Água, Bom Pastor e Montanha. É um espaço maior do que em relação ao projetado nas primeiras ideias. Agora, engloba uma faixa que compreende desde a BR-386, até a ERS-413.
Homenagem ao jardim
O fato de Lajeado ser um dos poucos municípios do Brasil a contarem com um jardim botânico é o que motivou a criação do bairro. Seguindo o que é adotado em outros locais, os vereadores projetaram ter o espaço em um bairro de mesmo nome, que englobe a região das redondezas. “Precisamos prestigiar e aproveitar isso”, diz Spohr.
Diferentes opiniões
Entre os moradores da região, surgem diferentes opiniões sobre o assunto. Parte deles percebe a iniciativa como positiva, considerando que a mudança possa trazer investimentos para a região, como em infraestrutura e serviços de saúde, educação e lazer.
Por outro lado, algumas das pessoas que moram e trabalham na área não identificam um motivo concreto para a criação do novo bairro. O presidente da associação de moradores do Moinhos d’Água, Paulo Roberto Schneider, avalia mais pontos negativos do que positivos.
Entre eles, o fato de que os moradores que vão integrar o bairro Jardim Botânico não terão, no primeiro momento, uma associação que os represente.
“Um novo bairro não vai melhorar a qualidade de vida. Não é isso que vai trazer benefícios para moradores, só trocar o nome”, diz Schneider.
Além disso, alguns dos moradores não estavam cientes do tema.