Seguem as indefinições sobre a localização da nova parada de ônibus na Benjamin Constant, no Centro de Lajeado. O abrigo foi retirado há quase um mês, e a situação incomoda usuários e donos de estabelecimentos próximos ao local provisório. Por ali circulam os ônibus urbanos do município e interurbanos de Estrela, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, entre outros.
Anteriormente instalada próximo à Previdência Social, a parada foi reposicionada ao lado da Travessa Pedro Kreutz, em frente a dois estabelecimentos da área da saúde. A ideia da administração municipal é instalar uma estrutura semelhante ao ponto nas imediações da Padaria Suíça.
No entanto, a instalação ainda não tem data prevista e colocar uma parada provisória não está nos planos. Conforme o secretário do Planejamento, Giancarlo Bervian, faltam apenas detalhes para definir como será o processo para implementar o novo abrigo. “O que posso adiantar é que será decorrente de estudos técnicos objetivando o melhor para os usuários”, argumenta.
Empresários descontentes
Administrador de uma clínica em frente ao local provisório da parada, Fabiano Vinciguerra conta que foi pego de surpresa com a mudança. Ele afirma ter solicitado para a administração uma vaga para embarque e desembarque de ambulâncias e vans, e se deparou com um ponto de ônibus no local. “Causa um transtorno para quem acessa a clínica. Temos muitos pacientes que chegam de cadeira de rodas e de maca”, explica.
A falta de diálogo também incomoda Adriana Trasel, sócia de uma farmácia, outro estabelecimento em frente ao ponto de ônibus. De acordo com ela, a previsão de permanência da parada provisória é de três a quatro meses. “Temos a farmácia aqui há 29 anos. Não foi feito nenhum contato conosco. Um belo dia foi colocada uma placa e pintado o meio-fio. Para nós ficou péssimo”, pontua.
Barulho incomoda pacientes do HBB
Adriana conta ainda que pacientes e funcionários do Hospital Bruno Born relatam insatisfação com o barulho dos ônibus. O atual localização da parada fica em frente ao pronto atendimento do HBB e muitos quartos tem as janelas voltadas para a avenida.
Os empresários apontam a desorganização em frente aos estabelecimentos como o maior impacto. Adriana colocou cartazes para orientar os usuários da parada a não sentarem nas escadas de acesso à farmácia. Além disso, quem espera, ocupa o espaço destinado ao estacionamento de veículos. “Em horários de maior movimento os nossos clientes tem dificuldades para entrar”, aponta.
Usuários ficam expostos
Para os usuários do transporte público, segue o incômodo pela falta de um local adequado. “Pego ônibus todos os dias e não é só por causa de mim que estou pedindo. É por causa dos idosos, das mães com crianças. Quando chove é difícil, temos que nos abrigar de guarda-chuva, e o vento nos faz ir para casa todos molhados”, reclama Graziela Conti, moradora do bairro São Bento.