Está prevista para esta terça-feira, 22, a chegada do primeiro lote de vacinas da Janssen ao Brasil. O imunizante contra a Covid-19 fabricado pela Johnson & Johnson, é o quarto a ser aplicado na população brasileira. O diferencial desta vacina é a necessidade de aplicação de apenas uma dose, ao contrário das vacinas da Coronavac, Astrazeneca e Pfizer que precisam de duas aplicações.
A confirmação da chegada da remessa foi feita ontem, 21, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. No total, o país recebe 1,5 milhão de doses. A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, assim como todo o estado, está na expectativa para saber se irão receber uma parcela da remessa para acelerar processo de imunização. Caso a vinda das vacinas se confirme, os municípios ainda aguardam orientações sobre como será a aplicação.
O contrato com a Janssen prevê o envio de 38 milhões de doses da vacina. O lote de 1,5 milhão faz parte das 16,9 milhões previstas para chegarem no terceiro trimestre deste ano. As outras 21,1 milhões chegam no quarto trimestre.
Prazo de validade
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na semana passada a prorrogação da validade da vacina da Janssen. Até então, o prazo era de três meses e as doses que chegam ao Brasil venceriam em 27 de junho. Porém, com a prorrogação, o país tem até o dia 8 de agosto para aplicar as doses, já que a validade da vacina passa a ser de quatro meses e meio.
Eficácia
Nos estudos, a vacina da Janssen teve 66% de eficácia em prevenir casos moderados e graves de Covid-19 depois de 28 dias da aplicação. Se considerados apenas os casos graves, o nível de proteção chegou a 85,4%.
Efeitos colaterais
Os principais efeitos colaterais indicados pela vacina da Janssen, após a sua aplicação, são dor de cabeça, náusea, dores musculares, dor no local da injeção e sensação de muito cansaço. Além disso, a pessoa pode apresentar vermelhidão e inchaço no local da aplicação da vacina, arrepios, dor nas articulações, tosse e febre.
Tecnologia da vacina
A vacina da Janssen usa a tecnologia chamada de “vetor viral”. Neste caso, um vírus de resfriado comum é modificado em laboratório. Ele recebe parte do código genético do coronavírus, mas de maneira segura para que não possa se replicar e espalhar no organismo. Assim, o corpo humano reconhece a ameaça e aprende a melhor maneira de combater a doença.