Auxílio emergencial reinicia nesta terça-feira

Menor que em 2020

Auxílio emergencial reinicia nesta terça-feira

Beneficiários receberão quatro parcelas, que variam de R$ 150 a R$ 375. Economista diz que todo valor injetado na economia é positivo, mas que impacto será menor do que em 2020

Por

Atualizado terça-feira,
06 de Abril de 2021 às 08:03

Auxílio emergencial reinicia nesta terça-feira
(Foto: Divulgação/ Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Brasil
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O governo federal inicia nesta terça-feira, 6, a nova rodada de pagamento do auxílio emergencial em todo o país. A medida de socorro financeiro contemplará pessoas que receberam o benefício no ano passado e que atendiam aos critérios dos programas em dezembro de 2020.

A nova rodada terá um valor reduzido em relação ao que foi pago em 2020, e em periodicidade menor. Serão quatro parcelas com valores que vão de R$ 150 a R$ 375, variando de acordo com a composição familiar. O pagamento, assim como ocorreu no ano passado, será feito pela Caixa Econômica Federal.

O benefício será depositado nas contas poupança digitais dos trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), onde poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a quatro semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta corrente.

Já os beneficiários do Bolsa Família terão outro calendário. Os inscritos no programa social podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês. O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do Bolsa Família.

Impacto menor

Após muita pressão e divergências quanto ao valor pago aos beneficiários, o governo federal destinou R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial. O montante é inferior aos R$ 293,1 bilhões pagos em 2020. Foram cinco parcelas de R$ 600 e mais quatro de R$ 300, além do dobro do valor para mães solteiras. Quase 68 milhões de brasileiros foram contemplados.

Para o economista Eloni José Salvi, todo valor injetado ajuda a economia, sobretudo pelo “efeito multiplicador”. “Cada real que entra na economia, provoca três ou quatro a mais em negócios. Entrar um dinheiro que não estava circulando sempre é bom. E o cidadão mais humilde que vai receber este valor provavelmente usará para coisas básicas, como alimentação, remédios”, afirma.

Salvi, entretanto, lembra que o impacto não será tão grande, já que o valor é inferior ao destinado em 2020 e que o governo já esgotou sua capacidade de gastos. Para ele, se o ritmo de vacinação contra a covid-19 não acelerar, o problema se estenderá por mais tempo.

“O endividamento está na estratosfera. Tudo o que fizer de esforço agora será com dívida. Escolhemos a rota mais longa, mais difícil, e estamos colhendo os frutos dela”, observa.

Acompanhe
nossas
redes sociais