Economistas do mercado projetam uma inflação oficial maior em 2021. Pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC), a estimativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcance 4,37% no ano.
Entre novembro e dezembro, as altas na energia elétrica e dos combustíveis interferiram sobre os preços na primeira semana de janeiro. Acumulado a isso, a constante pressão do setor de alimentos sobre o custo de vida.
Para compor o IPCA, são analisados nove segmentos. Os alimentos são o principal custo às famílias. Em torno de 40% da renda seja destinada para este consumo.
“O IPCA é nossa referência do custo de vida. Há outros componentes além dos alimentos. Como a alimentação é o maior custo, dá a impressão de que a inflação está maior do que os dados oficiais”, explica a economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar.
Recuperação econômica
O crescimento esperado para este ano indica um Produto Interno Bruto (PIB) 4% maior do que 2020. Esse resultado está atrelado às baixas nas taxas de juros e a retomada prevista para o mundo a partir da vacinação contra o novo coronavírus.
Os principais riscos para essa projeção são o impacto do fim dos estímulos fiscais, do auxílio emergencial e a necessidade de uma retomada das medidas de restrição caso o número de contaminações de covid-19 aumente ou se a vacinação demorar.
Ao lado dessa perspectiva, indicadores sobre a empregabilidade aponta para fechamento de mais vagas. A taxa de desemprego deve subir de 13,2% para 15%. O IBGE considera no cálculo da taxa apenas as pessoas que afirmam estar procurando trabalho. Com as medidas de distanciamento social sendo reduzidas e o governo encerrando o auxílio emergencial, mais pessoas devem começar a ir atrás de emprego.