Mercado aposta em alta do PIB e inflação maior

Economia

Mercado aposta em alta do PIB e inflação maior

Alimentos, energia elétrica e combustíveis elevam custo de vida. Tendência vista no fim do ano passado segue para janeiro. Por outro lado, geração de riquezas do país tende a crescer até 4%

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Mercado aposta em alta do PIB e inflação maior
‘Alimentos’ foi o principal segmento que provocou alta na inflação em 2020. Para este ano, tendência para os primeiros meses é de continuidade de aumento no custo de vida (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Economistas do mercado projetam uma inflação oficial maior em 2021. Pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC), a estimativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcance 4,37% no ano.

Entre novembro e dezembro, as altas na energia elétrica e dos combustíveis interferiram sobre os preços na primeira semana de janeiro. Acumulado a isso, a constante pressão do setor de alimentos sobre o custo de vida.

Para compor o  IPCA, são analisados nove segmentos. Os alimentos são o principal custo às famílias. Em torno de 40% da renda seja destinada para este consumo.

“O IPCA é nossa referência do custo de vida. Há outros componentes além dos alimentos. Como a alimentação é o maior custo, dá a impressão de que a inflação está maior do que os dados oficiais”, explica a economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar.

Recuperação econômica

O crescimento esperado para este ano indica um Produto Interno Bruto (PIB) 4% maior do que 2020. Esse resultado está atrelado às baixas nas taxas de juros e a retomada prevista para o mundo a partir da vacinação contra o novo coronavírus.

Os principais riscos para essa projeção são o impacto do fim dos estímulos fiscais, do auxílio emergencial e a necessidade de uma retomada das medidas de restrição caso o número de contaminações de covid-19 aumente ou se a vacinação demorar.

Ao lado dessa perspectiva, indicadores sobre a empregabilidade aponta para fechamento de mais vagas. A taxa de desemprego deve subir de 13,2% para 15%. O IBGE considera no cálculo da taxa apenas as pessoas que afirmam estar procurando trabalho. Com as medidas de distanciamento social sendo reduzidas e o governo encerrando o auxílio emergencial, mais pessoas devem começar a ir atrás de emprego.

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