Uma prática japonesa, o reiki ganha cada vez mais espaço no Ocidente por tratar o ser humano como um todo. Leva em consideração o equilíbrio de energias do corpo físico, energético, emocional e mental por meio da mediação de energia vital, realizada por um terapeuta especializado.
Apesar de a terapia parecer se popularizar apenas agora, há registros da utilização da técnica desde o século VII. Curas por energia são recentes aqui no Ocidente, mas no Oriente são práticas milenares e é de lá, do Japão especificamente, que vem o reiki.
Ele recebeu essa nomeclatura do mestre japonês Mikao Usui. A palavra rei faz referência à energia cósmica universal que permeia todas as coisas e envolve tudo que existe. Já ki se refere à energia vital individual que flui em todos os organismos vivos, é a energia que os mantém.
O reiki é, portanto, é o encontro das energias universal e individual. De acordo com Eduardo Finkler, 35, terapeuta holístico e proprietário da Meditar Terapias Integradas, o reiki auxilia o autoconhecimento. “O nosso corpo vibra de acordo com a energia das nossas emoções, então, é necessário tomarmos consciência do que de fato desequilibra essas energias e como podemos melhorar”, cita.
Distúrbios contemporâneos
A vida agitada, afazeres constantes, compromissos e prazos podem desequilibrar as energias de uma pessoa caso ela não saiba lidar muito bem com os desafios diários.
Conforme Finkler, hábitos como cultivar o mau humor, a hiper-reação a acontecimentos cotidianos e o estresse são vilões do equilíbrio energético corporal. “Podemos notar, por exemplo, que, se estamos com medo, o nosso chacra localizado na altura do umbigo começa a se fechar e temos aquelas sensações ruins na barriga e no trato intestinal. Isso acontece em todas as partes do corpo, de acordo com cada sentimento”, explica.
Finkler também esclarece que, mesmo o corpo sendo dividido em diversas partes, todas se conectam. “O nosso corpo físico não é a mesma coisa que a energia vital, por exemplo, mas um se conecta com o outro e a harmonia do todo depende de nós”, esclarece.
Adepta do reiki faz quatro anos, Nicolle Kronbauer, 27, conta que sempre se interessou pela harmonização energética do corpo. “Eu pesquisava muito sobre feng shui e sou adepta da ioga, mas não tomava a iniciativa de procurar o reiki por falta de informação e certos preconceitos”, diz.
Após saber que a sogra harmonizava suas energias com a técnica, Nicolle passou a procurar o reiki. “Eu uso o reiki como um meio de equilíbrio para abrir meus olhos quanto a alguma situação”, fala.
Ela conta que já na primeira sessão se sentiu mais leve e esclarecida com algumas questões pessoais. “Eu procuro o reiki sempre que sinto que preciso. Caso eu esteja bem harmonizada e não o procure, tento pelo menos duas vezes ao ano”, compartilha
Terapia alternativa
A professora Karla Enger sempre foi adepta a terapias alternativas. “Nunca fui fã de medicamentos. Quando morava em Porto Alegre, conheci uma terapeuta de florais de Saint Germain e ela trabalhava com reiki. Fiz uma sessão e me apaixonei”, conta.
Segundo Karla, as sessões fizeram tão bem que começou a fazer semanalmente, junto aos florais. “Quando me mudei para Lajeado, soube que uma colega querida também era terapeuta e então passei a fazer sessões com ela”, diz.
