Susepe deflagra revista geral no presídio

Encantado

Susepe deflagra revista geral no presídio

Varredura nas celas encontra celulares, facas artesanais e diversos entorpecentes

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Susepe deflagra revista geral no presídio
Lajeado

Ação organizada pelo Departamento de Segurança e Execução Penal (Desp) da Susepe vasculhou as celas do Presídio Estadual de Encantado ontem à tarde em busca de objetos ilícitos. Celulares, entorpecentes e facas artesanais foram encontrados nas celas.

A revista geral foi realizada por servidores do Grupo de Ações Especiais (Gaes), do presídio de Encantado, da Divisão de Inteligência Penitenciária (Dipen) e da 8ª Delegacia Penitenciária Regional. As buscas começaram por volta das 14h e chamaram atenção de quem transitava pela cidade. Cerca de 30 servidores participaram da mobilização.

Do prédio do Fórum, ao lado da penitenciária, era possível ver os agentes do Gaes revistando os presos. Ao todo, foram apreendidas 38 pedras de crack, seis buchas de maconha, 21 celulares, 25 estoques (facas artesanais), sete carregadores e 19 chips.

Administrador do presídio, Gustavo Hamann de Freitas enaltece a importância da revista geral. “Fazemos pequenas revistas de forma periódica, mas infelizmente alguns itens acabam passando pela segurança, em especial, por arremessos para dentro da penitenciária.”

Para Freitas, a retirada de objetos ilícitos das celas é imprescindível para a manutenção da ordem e da disciplina no local. O presídio de Encantado reúne 98 detentos, entre homens e mulheres. Do total, 68 estão no regime fechado, 22 no semiaberto e sete no aberto.

Ação semelhante em Lajeado

No começo de dezembro, revista geral encontrou 409 itens ilícitos no Presídio Estadual de Lajeado. Foi a maior apreensão do gênero dos últimos quatro anos. Todas as celas do regime fechado foram inspecionadas pela Susepe. O serviço contou com apoio da BM, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil.

Os principais itens apreendidos foram buchas de crack, tijolos de maconha, celulares e estoques produzidos pelos próprios detentos. A ação começou às 7h, integrando mais de 220 servidores. Desses, 120 policiais do 1º Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Porto Alegre, e 60 agentes da Susepe.

Fácil acesso aos presídios

A Susepe reconhece dificuldade para restringir o acesso total de itens ilícitos nos presídios gaúchos. A maioria, como drogas e aparelhos celulares, é repassada aos detentos pelos visitantes. Apesar da revista antes de conceder o acesso ao espaço, os agentes penitenciários não conseguem identificar por absoluto as tentativas de entrada dos materiais. Um dos fatores que dificulta a verificação é a falta de aparelhagem.

É comum, ainda, o ingresso de itens proibidos pelos muros dos presídios. Prova da dificuldade de evitar o acesso ocorreu em Lajeado. Três dias após a operação de dezembro, os agentes encontraram dois envelopes feitos de espuma e fita adesiva nas proximidades do canil. Vazios, os pacotes continham até pouco tempo dois celulares. No mesmo dia, um agente localizou um envelope parecido em cima do telhado. Dessa vez, o servidor chegou antes ao local e encontrou um celular Nokia envolto em espuma.

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