A câmara de Lajeado autorizou o investimento de R$ 290.456,00 na desapropriação de um imóvel situado na Rua Silva Jardim, no Centro. O projeto encaminhado pelo governo gerou polêmica na sessão desta terça-feira, 26.
A casa está estabelecida como patrimônio histórico cultural do município. A estrutura tem 362,40 m² e fica ao lado da antiga sede da empresa Materiais de Construção Zanatta, próximo do antigo Sesc. A sessão chegou a ser interrompida por 15 minutos para análise mais criteriosa pelos vereadores.
Carlos Ranzi (MDB) foi contrário ao projeto. O argumento é que o imóvel fica em área alagável. “Não há justificativa que convença as pessoas que sofreram tanto na enchente de que essa foi uma boa escolha”, resumiu. O mesmo posicionamento foi adotado por: Márcio Dal Cin, Jones Vavá, Waldir Blau e Eder Spohr, todos do MDB.
Líder de governo na casa, Isidoro Fornari Neto (PP), defende a destinação dos valores a partir de decisão judicial. O mesmo argumento foi adotado por Paula Thomas (PSDB). “Caso contrário, o tema voltará à pauta no ano que vem, já que há uma decisão transitada em julgado”, definiu.
Deolí Gräff (PP) criticou a falta de consciência dos oposicionistas com a cultura municipal e os espaços que integram o patrimônio histórico. “Não podemos pensar de forma superficial e simplesmente demolir. É parte da história de Lajeado”, cobrou. A casa integra um inventário de 1992 que inclui os patrimônios culturais da cidade e qu3e está em atualização pela Univates. O projeto foi aprovado com oito votos favoráveis e cinco contrários.
Ponte na ERS-130 e rua Romeu Júlio Scherer
Nas manifestações dos vereadores, as dificuldades logísticas da região voltaram à pauta. Sobre a ligação entre Arroio do Meio e Lajeado na ERS-130, sobraram críticas para EGR, governo do estado e pedido por cobranças pelo município. “Está na hora do município comprar essa briga e bater na mesa”, indiciou Jones Vavá.
Outro ponto é a Rua Romeu Júlio Scherer, que dá acesso a “Ponte do Exército”. Os moradores reclamam dos buracos na estrada e acúmulo de poeira com o fluxo intenso de veículos. Uma manifestação deve ocorrer na próxima sexta-feira, interrompendo a passagem de carros e caminhões pelo trecho, como foram de reivindicar melhorias.
Votação do orçamento de 2025 adiada
Em tramitação no Legislativo desde a primeira quinzena de novembro, o projeto que estabelece o orçamento de 2025 em R$ 672 milhões não avançou para votação. Carlos Ranzi apresentou uma emenda que diminui o montante que pode ser movimento pelo governo sem a autorização dos vereadores. Atualmente, o máximo é de 10% e a proposta do emedebista é uma redução para 6%. Em números absolutos, a diminuição seria de R$ 67 milhões para aproximadamente R$ 40 milhões.