No ano em que são celebrados os 200 anos da imigração alemã, os escritores e pesquisadores Deolí Gräff e Lucildo Ahlert lançam o livro Unsere Heimat – O nosso lugar. A obra apresenta um outro olhar sobre a imigração alemã em Lajeado e no Vale do Taquari, tendo como personagem central Antônio Fialho de Vargas.
O evento de lançamento está marcado para o dia 5 de dezembro, quinta-feira, às 19h, no Salão Troller do Parque Histórico de Lajeado.
Importante citar que a obra tem como mentor o empresário Paulo Valdir Pohl, que instigou os pesquisadores Deolí Gräff e Lucildo Ahlert a pesquisar e recontar a história da presença de Antônio Fialho de Vargas em Lajeado. A editoração e impressão do livro é dos profissionais em comunicação gráfica Edemilson Severo e Carlo Manfroi.
Gräff e Ahlert levaram pelo menos quatro anos para pesquisar e escrever o conteúdo do livro. Tudo começou em 2015 com as primeiras reuniões para definir a abordagem e a busca por informações. Entre as muitas fontes consultadas consta o arquivo da Câmara de Vereadores de Taquari, visitas a arquivos históricos e entrevistas com pessoas para ouvir relatos sobre a forma de agir do Antônio Fialho de Vargas. Entre as pessoas ouvidas está a senhora Ida Friedrich, residente no Bairro São Bento, na divisa entre Lajeado e Santa Clara do Sul. No dia 1º de outubro ela completou 100 anos de vida.
O título do livro: Unsere Heimat – Nosso lugar, faz referência a vinda dos imigrantes alemães, que aqui se estabeleceram. Fizeram sua nova morada, o seu local de trabalho em busca da prosperidade, deixando um vasto legado que molda a nossa sociedade até a atualidade.
O evento de lançamento é aberto ao público. Todas as pessoas interessadas em conhecer mais sobre a história da colonização alemã, estão convidadas a se fazer presente.
“Entre as conclusões da nossa pesquisa está a confirmação de que Antônio Fialho de Vagas não é o fundador do município de Lajeado”, afirmou o jornalista e escritor Deolí Gräff. “Quando Fialho de Vargas chegou ao território ocupado pelo atual município de Lajeado, já existia aqui um núcleo comunitário com cerca de 300 pessoas, entre imigrantes portugueses e africanos”, completou Lucildo Ahlert.
Fialho de Vargas ocupou a antiga sesmaria dos irmãos José e João Inácio Teixeira, a transformou em lotes rurais e se tornou um próspero comerciante de terras em Lajeado e na região do Vale do Taquari.