Moradores de Fazenda Lohman protestaram mais uma vez, na manhã deste sábado, 27, pela pavimentação do trecho de seis quilômetros, que conecta os municípios de Colinas e Roca Sales. Com cartazes, foram feitos bloqueios no fluxo de veículos, a cada 15 minutos. A mobilização estava marcada para último sábado, 20, mas foi adiada em função das obras de recuperação da rodovia, do km 56 ao 64.
Desde as quedas das pontes sobre o Rio Forqueta, na enchente de maio, a estrada se transformou na principal ligação entre a região alta e baixa do Vale do Taquari. Com intenso fluxo de veículos pesados, buracos, lama e poeira são ainda mais frequentes à comunidade.
Conforme um dos líderes do grupo, Alexandre Dentee, moradores pedem um documento que comprove o andamento do processo para pavimentação do trecho. Caso isso não ocorra, nova manifestação deve ser realizada. O prazo estabelecido para retorno do Estado é 10 de agosto. “Se a gente não tiver uma resposta efetiva, vamos fazer protestos sem aviso prévio. Vamos fechar a via em horários de pico em dia de semana. A gente sabe que é ruim, mas precisamos chamar a atenção.”
Relembre o caso
O primeiro protesto ocorreu em 22 de junho, e, caso não houvesse respostas concretas do Estado, a comunidade prometeu nova mobilização em 15 dias. O secretário de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul, Juvir Costella, afirmou que a pavimentação inicia neste ano, com previsão de conclusão para 2025. Mas as obras são aguardadas há mais de seis anos e os moradores já estão exaustos de esperar.
A via é uma importante ligação entre as regiões alta e baixa do Vale do Taquari. Com a queda da ponte na ERS-130 entre Lajeado e Arroio do Meio, o fluxo de veículos de carga usa o trecho para acessar as cidades da microrregião de Encantado. Em junho de 2018, um convênio de R$ 3,5 milhões foi assinado junto ao Estado. Os serviços não avançaram e somente 1,1 km foi concluído.
Foto: Diogo Fedrizzi
