BNDES libera crédito a empresas que trocaram de cidade pós-cheias

AVAL DO GOVERNO

BNDES libera crédito a empresas que trocaram de cidade pós-cheias

Negócios atingidos pela inundação podem acessar linhas para reconstrução, maquinário e capital de giro com juros baixos para projetos em endereços fora da sede

BNDES libera crédito a empresas que trocaram de cidade pós-cheias
Duas situações interferem na liberação de crédito às empresas. Uma delas foi corrigida com a autorização para investimento em qualquer cidade gaúcha. A outra ainda depende de atualização do sistema da mancha de inundação. (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Pedidos feitos pelo setor produtivo foram aceitos pelo governo federal e as instituições financeiras podem liberar crédito às empresas com investimentos previstos em cidades fora da sede do CNPJ.

A circular do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) foi divulgada na noite da quarta-feira e começou a valer ontem. No Vale do Taquari, indústrias atingidas pela inundação demaio, sem condições de manter a produção, tiveram os pedidos negadospor apresentarem projetos de transferência de endereço.

Pela informação , o superintendente da Área de Operações do BNDES, Marcelo Porteiro Cardoso, comunica aos agentes financeiros que o programa emergencial passa a permitir crédito para estabelecimentos atingidos pela inundação em qualquer município gaúcho. Esse entendimento vale tanto para novos pedidos de financiamento quanto os protocolados desde o início do programa.

Conforme o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Angelo Fontana, essa correção foi uma das demandas do setor produtivo da região. “Temos indústrias muito atingidas e que não poderiam retornar às atividades. Agora, empresas do Vale poderão solicitar o crédito tanto para construção, maquinário e capital de giro.”

Até a noite dessa quarta-feira, dos R$ 15 bilhões destinados pelo fundo social, e que garantem os juros de 0,6% até 0,8% ao mês, foram depositados pouco mais de R$ 4,3 bilhões. Havia ainda R$ 4 bilhões em análise. Para garantir o acesso ao dinheiro para empresas que sofreram prejuízos diretos, o governo federal estabeleceu como regra a liberação para negócios dentro da mancha de inundação.

Conforme o Departamento de Clientes e de Relacionamento Institucional do BNDES, os bancos poderão operar contratos com micro, pequenas, médias e grandes empresas, com faturamento de até R$ 300 milhões.

Acima disso, o contato é direto com o BNDES.

A lista de instituições financeiras autorizadas tem bancos públicos (Caixa, Banco do Brasil e Banrisul), privados e também cooperativas de crédito (Sicredi, Sicoob, por exemplo).

Mais para o capital de giro

Pelos pedidos dentro do sistema bancário, a maior parte das liberações e pedidos é para capital de giro. “Temos empresas que estão com o faturamento em baixa desde setembro. Neste momento, dinheiro na conta para uso livre é a principal necessidade”, frisa Fontana.

Dentro do montante do fundo social, o BNDES ampliou a linha de capital de giro. Os recursos haviam terminado menos de 48 horas depois do início das operações.

O orçamento total da linha passa a ser de R$ 7,5 bilhões. Esse aumento faz parte dos R$ 15 bilhões do programa, que se divide em três linhas principais: capital de giro (crédito emergencial), aquisição de máquinas e reconstrução.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o remanejamento atende à alta demanda de crédito. “É uma medida fundamental para pagamento de salários, renovação de estoques e pagamentos de fornecedores das empresas gaúchas em período crítico de recuperação da catástrofe climática.”

Detalhes

  • Autorização:
    O governo federal aceitou pedidos do setor produtivo, permitindo
    crédito para investimentos em cidades fora da sede do CNPJ.
  • Quando:
    A circular do BNDES comunicou os bancos na noite de quarta e já está em vigor.
  • Demanda regional
    A correção atende a demanda das indústrias do Vale do Taquari com
    projetos para construção em cidades vizinhas.
  • Recursos disponíveis:
    Dos R$ 15 bilhões, pouco mais de R$ 4,3 bilhões foram liberados. Há
    mais R$ 4 bilhões em pedidos ainda com análise.
  • Critérios:
    O financiamento está disponível para negócios dentro da mancha de inundação.
  • Linhas:
    O programa se divide em capital de giro, aquisição de máquinas e reconstrução.
  • Mais para capital de giro:
    O orçamento total foi ampliado para R$ 7,5 bilhões para atender a alta demanda.
  • Objetivo:
    A medida visa atender à alta demanda de crédito para pagamento de salários, renovação de estoques e pagamentos de fornecedores.

Acompanhe
nossas
redes sociais