A Cooperativa Dália realizou seu primeiro carregamento para as Filipinas na última sexta-feira, 5. A nova habilitação expande os horizontes da empresa que, recentemente, se tornou apta a exportar cortes de frango e suínos para o país localizado no Sudeste da Ásia.
A conquista de um dos principais mercados de proteína animal, segundo o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, é um alento em meio às adversidades causadas pelas catástrofes climáticas no RS. “A cooperativa completou 77 anos. São quase oito décadas de muito empenho, trabalho e resiliência. Esta é mais uma conquista que evidencia a força dos Destemidos. O acesso a esse novo mercado reforça o comprometimento e o empenho dos nossos associados e colaboradores”, destaca.
Preços atrativos
O presidente-executivo da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, ressalta a importância do mercado filipino, pois o país asiático importa volumes expressivos de carnes, tanto suína quanto de frango. “As Filipinas possuem preços atrativos, o que é positivo para as empresas do segmento. Já estamos com grandes expectativas em relação a bons negócios, sendo que o frigorífico já realizou carregamentos de cortes suínos congelados”, informa.
Excelência do Sistema Sanitário
Baseado nas informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, a supervisora de Exportação da cooperativa, Silvana Todeschini Gomes, avalia que a abertura do mercado filipino ocorreu após a visita de técnicos das Filipinas ao Brasil, quando avaliaram o sistema de defesa sanitária animal, incluindo granjas de suínos e aves no RS. “A secretaria divulgou que o feedback positivo dessa missão destaca a excelência do sistema sanitário brasileiro e a capacidade de mitigação de riscos”, relata Silvana.
A nova habilitação para o Sudeste Asiático, reforça Silvana, chega em um momento importante, pois a cooperativa retomou plenamente suas operações frigoríficas após uma pequena pausa devido à tragédia climática que causou interrupções significativas na logística. “O mercado de proteínas nas Filipinas tem se destacado como uma importante oportunidade para exportadores brasileiros. Em 2023, o Brasil exportou aproximadamente 345 mil toneladas de carne suína e de frango para o país asiático”, destaca, observando que este mercado para o Brasil tem sido o segundo maior destino de exportação, atrás apenas da China.
Crescente demanda e desafios de produção
Em relação ao consumo de carnes nas Filipinas, há uma diversificação influenciada por fatores culturais, econômicos e de saúde. “As carnes suína e de frango são as mais populares e desempenham um papel importante na dieta filipina. O consumo per capita de carne suína no país tem mostrado tendências de crescimento e desafios. Em 2023, foi estimado em 15 quilos por habitante”, salienta Silvana.
A supervisora ainda revela que os dados mostram um aumento na importação de suínos e frangos por parte do país asiático devido a uma combinação de fatores, incluindo a crescente demanda interna e desafios na produção local. “Em 2024, o país continua importando essas proteínas animais, principalmente, dos Estados Unidos, Canadá e países da União Europeia, para suprir a demanda doméstica que a produção local não consegue atender totalmente.”
Além disso, ela analisa que o governo filipino tem implementado diversas políticas para melhorar a disponibilidade de carne suína e de frango para a população. “Acordos comerciais recentes, como o firmado com o Brasil, visam impulsionar a importação de proteínas. Este acordo de pré-listing é visto como uma maneira de democratizar o acesso a mercados importantes para a proteína animal.” Além do primeiro carregamento no início deste mês, estão previstos outros ainda neste segundo semestre.
LEGENDA:
Supervisor do setor de Estocagem Rogério Bombassaro, encarregado Vanderlei Benardi e colaboradores da Expedição Elimir Giacobbo e Samuel Signori
crédito: divulgação