Produtores rurais querem anistia das dívidas

PREJUÍZO NO CAMPO

Produtores rurais querem anistia das dívidas

Representantes dos agricultores apresentam lista de demanda ao ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta

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Produtores rurais querem anistia das dívidas
Devido ao prejuízos em máquinas, criações, lavouras, galpões e residências rurais, sindicatos querem o perdão das dívidas em financiamentos agricultores atingidos pela inundação. (Foto: Gabriel Santos)
Estado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Dirigentes dos sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) e da Fetag se reuniram com o ministro Extraordinário da Reconstrução, Paulo Pimenta, para discutir a situação dos agricultores atingidos pelas enchentes.

Conforme o presidente da federação dos sindicatos, Carlos Joel da Silva, o encontro serviu para reforçar as necessidades urgentes pelas quais a produção primária gaúcha enfrenta.

As adversidades vão desde dificuldade de acesso, perdas de qualidade do solo para plantio, prejuízos em máquinas, equipamentos, galpões, residências e falta de alimentação para criações.

“A reunião foi positiva. Abriu espaço para novas possibilidades. Muitas medidas em termos de Estado e do governo federal foram adotadas. No entanto, aguardamos avanços concretos.”

Entre os pedidos da Fetag estão a anistia das dívidas dos agricultores; a disponibilização de milho por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) com preço subsidiado para alimentação dos rebanhos nas áreas mais atingidas; um auxílio emergencial no valor de um salário mínimo pelo período de seis meses; agilidade na reconstrução das unidades habitações.

Junto com essas demandas, a representação dos agricultores ressalta a importância de manter o seguro do Proagro e agilizar os depósitos para proteger as famílias campesinas em momento de crise.

O presidente da Fetag, acompanhado da secretária-geral, Jaciara Müller, frisa que o movimento em defesa dos produtores representa garantir a continuidade das atividades rurais, com impacto sobre toda a sociedade gaúcha.

Demandas do setor da produção primária foram apresentadas pela Fetag ao ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta. (Foto: divulgação)

Segundo Joel da Silva, a federação espera que as discussões com o ministro Pimenta resultem em avanços imediatos. “Só assim vamos conseguir superar esse momento difícil. É preciso ação do poder público para que as famílias retomem as atividades com dignidade e segurança.”

“Prorrogar pagamentos não resolve”

Na semana passada, a comitiva da Fetag esteve em Colinas, Estrela e Cruzeiro do Sul. O presidente Carlos Joel conversou com agricultores que relataram ter perdido tudo. Na primeira propriedade visitada, em Colinas, mais de 300 porcos morreram.
“O que restou para muitas famílias são as dívidas. Prorrogar pagamentos não resolve. Como as famílias vão pagar, estão sem nada. O governo precisa entender isso e conceder anistia total”, reforça o presidente da federação.

Reivindicações
Documento da Fetag entregue ao governo federal solicita:

  • Anistia das dívidas dos agricultores;
  • Disponibilização de milho da CONAB com preço subsidiado para alimentação dos rebanhos nas áreas mais atingidas;
  • Auxílio emergencial de um salário mínimo por seis meses
  • Agilidade na reconstrução das unidades habitações.

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