Das 11 escolas interditadas, cinco tiveram perda total

IMPACTO NO ENSINO

Das 11 escolas interditadas, cinco tiveram perda total

Estado volta com aulas remotas para garantir continuidade do ano letivo. Secretaria de Obras Públicas avalia prejuízos. Investimento em alguns prédios ainda está em análise

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Das 11 escolas interditadas, cinco tiveram perda total
Segundo andar da escola Fernandes Vieira, em Lajeado, foi atingida pela água. A continuidade das aulas no prédio próximo ao parque Professor Theobaldo Dick é avaliada pelo Estado . (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari
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As secretarias estaduais de Educação (Seduc) e de Obras Públicas (Seop) avaliam as condições de 11 escolas da região atingidas pela catástrofe de maio. Deste total, cinco tiveram prejuízos elevados, com perdas consideradas totais por laudos prévios.

As seis restantes com danos parciais também não apresentaram condições de retorno às atividades presenciais. Entre atendimentos em outros educandários, outra medida para garantir a continuidade de algumas atividades foram aulas remotas.

De acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), as reformas dependem dos laudos da Seop e da liberação de recursos por parte do governo do Estado. Na semana passada, uma comitiva das secretarias visitou a região.

O local de alguns prédios, devido à recorrência de inundações, passa por análise. Escolas como a Antônio do Conto (Encantado), Fernandes Vieira e Castelo Branco (ambas de Lajeado), podem trocar de endereço.

No colégio da parte alta, há mais indicativos para investimento em um novo prédio. As duas de Lajeado têm um quadro mais incerto. Os imóveis são considerados históricos, porém houve prejuízos em três cheias de setembro de 2023 até maio deste ano.

Na Fernandes Vieira, foi investido quase R$ 330 mil para troca da fiação, do piso e ampliação de salas. A inauguração foi em março. Menos de dois meses depois, o prédio foi atingido pela maior inundação da história e interditado mais uma vez.

Desde a enchente de setembro, o prédio da escola Castelo Branco, em Lajeado está interditado. (Foto: ARQUIVO)

No colégio Castelo Branco, maior instituição de Ensino Médio da região, o Estado havia iniciado a reforma, com a troca do telhado, do assoalho e nova fiação elétrica. A previsão era finalizar os trabalhos neste ano, para o retorno das atividades presenciais (hoje na Univates) no ano letivo de 2025.

Com os novos prejuízos de maio, esse plano foi revisto. A secretária de Educação, Raquel Teixeira, solicitou à reitoria da Univates a prorrogação do convênio até o fim de 2025. Ainda não houve resposta por parte da Instituição de Ensino Superior.

A rede pública estadual na área da 3ª CRE tem 82 escolas. São mais de 18 mil alunos matriculados.

Situação das escolas estaduais

Arroio do Meio
Guararapes (parcial)

  • Total de 501 alunos
  • Aulas mistas
  • Atividades remotas começaram em 10 de junho
  • Em 24 de junho, turmas do Fundamental (6º ao 9º ano), do turno da tarde, voltaram de forma presencial

Colinas
Escola de Ensino Médio Colinas (parcial)

  • Total de 83 alunos
  • Aulas remotas desde 3 de junho

Estrela
Escola de Educação Profissional (parcial)

  • Total de 225 alunos
  • Aulas remotas desde 17 de junho
  • A inundação provocou perdas totais em cinco laboratórios de informática.
  • Escola Moinhos (total):
  • Total de 81 alunos
  • Aulas presenciais desde 7 de junho
  • Alunos foram transferidos para a Vidal de Negreiros.

Muçum
Souza Doca (parcial)

  • Total de 294 alunos
  • Prédio está sem luz
  • Aulas presenciais nos turnos manhã e tarde
  • Período da noite atividades remotas
  • É preciso a troca da fiação elétrica
  • Aguarda liberação para obras por parte da Seop

Cruzeiro do Sul
Itaipava Ramos (parcial)

  • Total de 25 alunos
  • Aulas transferidas desde 3 de junho para a São Miguel
  • João de Deus:
  • A escola não foi atingida pela água
  • No entanto, foi interditada pela Defesa Civil devido ao risco de deslizamentos próximos
  • Aulas voltaram em 22 de maio

Encantado
Antônio de Conto (total)

  • Total de 141 alunos
  • Desde a enchente de setembro, as aulas estavam na escola municipal Oswaldo Aranha
  • Com a inundação de maio, deslizamentos e dificuldade de acesso obrigaram nova mudança.
  • As aulas passaram a ser na sede da Uergs, no bairro Lambari.
  • Atividades presenciais desde 3 de junho

Lajeado
Fernandes Vieira (total)

  • Total de 195 alunos
  • Aguarda avaliação da Seop
  • A água chegou no segundo andar do prédio
  • Em março, a reforma no prédio havia sido inaugurada
  • Foram refeitos todo o primeiro andar, nova sala de professores, administração e da direção.
  • Sem previsão de retorno, os alunos foram transferidos para a Cândido Veloso (Hidráulica) e para o colégio Irmã Branca (Centro/Florestal)
  • Castelo Branco (parcial):
  • Atende 936 alunos
  • Desde a enchente de setembro, o prédio está interditado

Roca Sales
Padre Fernando (total)

  • Total de 245 alunos
  • Aguarda laudo das perdas da Seop
  • Enchente de setembro obrigou a adaptações
  • Aulas em prédio alugado junto à Paróquia da Igreja Católica.

Forquetinha
Escola de Ensino Médio Forquetinha (parcial)

  • Atende 135 alunos
  • Atingiu o térreo (prédio da escola municipal)
  • Retornou com as aulas presenciais em 20 de maio

Rede pública estadual no Vale
Área da 3ª Coordenadoria Regional de Educação:

  • Total de alunos: 18.826
  • Total de professores: 1.601 | Total de escolas: 82

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