Atentar para os problemas do ambiente em que está inserido, pesquisar, testar, apresentar soluções. Estas são ações que fizeram parte do 5º Ateliê Científico do GA realizado entre segunda (24) e sexta-feira (28).
A partir do tema “Novos inventos para velhos problemas”, os estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio do Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo desenvolveram pesquisas científicas, especialmente relacionadas às cheias do Rio Taquari. A apresentação ao público externo ocorreu nas duas unidades de ensino.
Conforme a coordenadora da atividade, Mara Forneck, o foco do ateliê foi definido logo após a cheia, em setembro, que assolou o Vale do Taquari. “Os estudantes nos sinalizaram que havia uma necessidade de pensarmos coisas novas para resolver o que há muito tempo nos incomoda. Esse tema ficou muito atual”, comenta. Em março, os estudantes iniciaram as produções científicas.
Além da exposição de trabalhos, foram realizadas bancas de avaliação, competições de Scratch, Lançamento de Pipas e de Foguetes, Ponte de Espaguete, Carrinho de Lomba, Robótica, Olimpíada do Saber, Gincana Científica e entrega de menções honrosas.
Melodias transformando mentes
Os benefícios da musicoterapia no tratamento de traumas e problemas mentais foi objeto de estudo no 8º ano A. As estudantes Alice Coutinho, Ana Luísa Markmann e Valentina Leuchtemberger tiveram como foco os desastres naturais do RS e desenvolveram e colocaram à disposição da população uma música. “A melodia distrai a mente, proporcionando redução do estresse diário, da ansiedade e de outros fatores que prejudicam a saúde mental”, comenta Ana.
Conforme o trio, se verificou a falta de acesso à musicoterapia, por questões financeiras ou ausência de atendimento. “Criamos uma melodia que possa causar nas pessoas um conforto, uma felicidade, promovendo melhor convivência com a sociedade e consigo mesmo”, explica Valentina.
Conheça a melodia aqui:
Cidades-esponja prevenindo efeitos da enchente
No Ensino Médio, um grupo de estudantes focou nas formas de prevenção ao evento climático. As cidades-esponja foram o tema escolhido por Júlia R. Guimarães, Maria Eduarda K. Rodrigues e Giovana Dalongaro, do 1º ano A.
A seleção do assunto se deu pela busca de soluções para as enchentes. “A estrutura das cidades-esponja tem objetivo de fazer a absorção da água naturalmente, como manter a mata ciliar perto dos rios. Outro modelo é os telhados verdes com grama, além de parques alagáveis e os pisogramas”, explica Giovana.
O grupo concluiu, através do estudo, que o modelo amenizaria efeitos das enchentes. As estudantes destacam a importância de conscientizar a população a respeito do tema.
Abandono e adoção responsável de pets
Os animais abandonados e a adoção responsável foram assuntos repercutidos nos últimos meses na sala de aula do 2º ano A do Ensino Fundamental. Para o Ateliê, os estudantes apresentaram os cuidados com os pets, higienização e alimentação.
O estudo se deu em função dos abandonos gerados pela enchente. Os alunos produziram comedouros e brinquedos para cachorros e gatos, que serão doados a ONGs e canis. “Nós fizemos os brinquedos aqui no colégio e os comedouros em casa, com nossa família, usando materiais recicláveis”, comenta o estudante Vicente König Lehnen.
ATELIÊ CIENTÍFICO
O Ateliê Científico, realizado desde 2020, fomenta a produção científica em ambiente escolar para a comunidade de forma geral. O evento fundamenta-se na ideia de que a produção científica ancora o desenvolvimento sustentável. Estudantes de todos os níveis de ensino realizam pesquisas e elas são apresentadas à população.
