O turismo no Vale do Taquari está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico da região. Entretanto, o setor encontrou inúmeros desafios com os eventos climáticos dos últimos meses, fato que impactou diretamente nos negócios locais. Em busca de soluções para reerguer o segmento, entidades regionais lançaram a campanha “Somos do Vale”, iniciativa que visa a promoção de pontos turísticos, qualificação dos empreendedores e reconstrução dos locais de visitação.
Embora possa parecer um momento desfavorável para discutir turismo, o presidente da Amturvales, Charles Rossner afirma que o movimento foca no fomento de negócios e não somente no ‘olhar romântico do setor’. “Famílias dependem desse segmento. A exemplo, temos hotéis que estão sem hóspedes e pessoas que trabalham por trás deste negócio”, explica. “O programa vem para tentar mitigar esses desafios e despertar um novo olhar. Precisamos conseguir apoiar, de várias formas, a reconstrução e manutenção dos negócios”.
De acordo com o idealizador do 365 Vezes no Vale, Fábio Kuhn, um levantamento prévio mostrou que mais de 50 empreendimentos e pontos públicos foram afetados diretamente pelas cheias. Mas há outros tantos que também sofreram consequências de forma indireta. “Se não falarmos de turismo agora, o colapso econômico pode ser ainda maior daqui para frente. Pode haver empreendimentos que não vão mais existir”.
Promoção do turismo no estado
Diretora de promoção da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul (Setur), Claudia Mara Borges, afirma que o estado faz um movimento para repensar estratégias e reposicionar os potenciais turísticos. A exemplo, uma comitiva participa da 31ª Expotchê, em Brasília, para movimentar a capital do país com a cultura, tradição e pujança do Rio Grande do Sul.
“É um desafio, mas a gente já sabe os caminhos, sabe o que dá certo. O que precisamos trabalhar agora são alternativas de acessos para que as pessoas consigam retomar seu trabalho e garantir os empregos”, comenta Claudia.
Para ela, ainda é preciso quebrar a visão popular sobre os segmento, as pessoas que trabalham no setor de turismo e a dificuldade de retomada das atividades. “Geramos emprego como qualquer outro setor. Às vezes a gente vai no hotel, tem relação direta com quatro pessoas no check-in e check-out, mas não percebe que aquele local emprega mais 70 pessoas por trás”.
No momento, a secretaria prevê ações para garantir segurança de informações sobre deslocamento e orientações dos pontos turísticos.