Professor sugere projeto para replanejar Cruzeiro do Sul

RECONSTRUÇÃO

Professor sugere projeto para replanejar Cruzeiro do Sul

Iniciativa segue exemplo de movimentos apontados em outros municípios, de deslocamento da área urbana do município para áreas distantes do risco de inundação

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Professor sugere projeto para replanejar Cruzeiro do Sul
Cruzeiro do Sul

Planejamento a médio e longo prazo para a reconstrução do município em uma área segura e longe do risco de enchentes. É isso que sugere o administrador e professor aposentado Vergílio Goerck, ao futuro de Cruzeiro do Sul, cidade devastada pela cheia do Rio Taquari no começo do mês, com bairros e comércio impactados.

A forte ligação com o município onde residiu, estudou e trabalhou motivaram Goerck a propor um replanejamento. Nos mesmos moldes de ideias levantadas por empresários, nomeou a proposta de “Cruzeiro do Sul do Futuro”. Ainda em fase de pré-projeto, pretende apresentá-la a líderes do setor produtivo local e também a administração municipal.

“Me criei ali, conheço a cidade e, por isso, tomei a liberdade de propor uma nova cidade. Infelizmente, tivemos um número muito grande de casas totalmente destruídas, além de comércios que também não poderão reabrir no mesmo local”, justifica Goerck, que esteve na sede do A Hora nesta semana para apresentar a iniciativa.

Em termos práticos, a sugestão é criar este novo núcleo urbano entre a RSC-453 e a ERS-130, com a construção de uma avenida interligando-as e agregando áreas de Linha Primavera, São Rafael e dos bairros Cascata e Célia. Para isso, seria necessário redesenhar o mapa do município. Cita a construção de Brasília, capital federal, como inspiração.

Divisão

O novo núcleo urbano de Cruzeiro do Sul sugerido por Goerck teria como eixo central a modernização sustentável, com fiação subterrânea, incentivo ao uso da energia solar e outras fontes limpas, arborização no canteiro central da futura avenida e uma ciclovia.

Já o território seria dividido de forma a contemplar os diferentes setores, com destaque para um centro administrativo. “E seria feita uma ligação com a cidade histórica, onde poderiam continuar alguns serviços, além das partes não afetadas pela enchente”, observa.

Na questão habitacional, defende a criação de um consórcio entre as fábricas de pré-moldados para dar conta da demanda. “A área residencial teria espaço para até mil moradias de dois dormitórios. É possível construir casas mais rápidas, nestes moldes, e fazer o mais rápido possível”.

O que prevê o projeto:

  • Área residencial (capacidade para até mil casas)
  • Praças e parques
  • Centro administrativo
  • Serviços públicos
  • Setor comercial
  • Setor educacional
  • Setor de saúde
  • Logística
  • Distrito Industrial (espaço já existente)
  • Avenida central, que liga a RSC-453 a ERS-130
  • Ciclovia
  • Canteiro central com árvores frutíferas
  • Fiação subterrânea
  • Energia solar

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