Ponte de Ferro deve ser finalizada até domingo

monumento histórico

Ponte de Ferro deve ser finalizada até domingo

A iniciativa privada trabalha para reconstruir de forma voluntária a histórica travessia, entre Lajeado e Arroio do Meio

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Ponte de Ferro deve ser finalizada até domingo
Parte da estrutura da Ponte de Ferro foi destruída após cheia do Rio Forqueta no início de maio. (Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A segunda parte das estruturas do novo vão da Ponte de Ferro foi transportada até o local da travessia entre Lajeado e Arroio do Meio na manhã dessa quarta-feira, 5. As peças foram soldadas na Altari, em Estrela, e encaminhadas às margens do Rio Forqueta. A nova estrutura deve ser inaugurada no domingo, 9.

A reforma da ponte histórica é custeada pela Lyall e empresas parceiras, ao custo estimado de R$ 2 milhões. Com cronograma de execução adiantado, a projeção de conclusão foi antecipada.

As estruturas metálicas são montadas ao lado da ponte e erguidas pela Guinchos Sansão. O Exército vai auxiliar na montagem das 42 toneladas de madeira, sobre onde os veículos vão passar.

Nova ponte

Ao mesmo tempo em que a reforma é feita pela iniciativa privada, o governo de Lajeado lança edital para construção de uma nova estrutura para veículos leves e pesados com duas vias. A proposta inicial é retirar os vãos de ferro da travessia histórica, incluindo a estrutura que está sendo reposta.

O Executivo projeta concluir esta ponte em 100 dias a partir da ordem de início da obra. Mas a reforma da Ponte de Ferro ganhou ampla aceitação de moradores, tanto pela preservação do monumento quanto por reconectar as duas cidades após mais de um mês de espera. Por isso, há movimentações e tratativas que visam a manutenção da estrutura histórica, sem impedir a construção da nova ponte pelo governo.

Em defesa da história

Um manifesto assinado por cinco entidades e voluntários do Vale do Taquari pede a manutenção da Ponte de Ferro no ponto onde a estrutura está sendo reerguida pela iniciativa privada. Também solicita que o projeto para a construção de uma nova travessia sobre o Rio Forqueta ocorra em outro local.

A ideia da carta partiu da Setorial de Patrimônio Histórico do Conselho Municipal de Política Cultural de Lajeado. Posteriormente, ganhou a adesão da Associação Literária do Vale do Taquari (Alivat), da Associação dos Municípios para o Turismo da Região dos Vales (Amturvales), do Instituto Histórico e Geográfico do Vale do Taquari (IHGVT) e da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari (Seavat).

No documento, é destacado o valor histórico da Ponte de Ferro, inaugurada em 1939 e que, por quase quatro décadas, foi a única ligação por terra entre Lajeado e Arroio do Meio. Também serviu como uma conexão entre a região metropolitana e Norte do RS antes da construção da BR-386.

Projeto aos vereadores

O empresário responsável pela reconstrução da Ponte de Ferro, diretor da Lyall, Roberto Luchese participou da sessão da Câmara dessa terça-feira, 4, para detalhar o andamento do projeto para a retomada da ligação entre Lajeado e Arroio do Meio.

Luchese enfatizou que o custo final da ponte será de aproximadamente R$ 2 milhões. O projeto é desenvolvido em parceria com a Altari, Tintas Nobre, Guinchos Sansão e o governo de Lajeado. “Essa ponte não é do PP, PT e MDB, e nem da Lyall. Não tenho dúvida que há empresas com mais capacidade financeira e técnica para fazer essa ponte, mas nenhuma empresa demonstrou ter a coragem para fazer”, reforça.

O empresário diz estar orgulhoso da união de esforços para reconstrução de uma ligação fundamental para a economia e condições de vida dos moradores do Vale. “É um símbolo de resistência e da reconstrução, muito mais que uma ponte. É a maior obra da história da Lyall”, complementa.

O empresário projetou que no domingo, 9, é possível que os primeiros veículos possam fazer a travessia devido a evolução dos trabalhos de construção da estrutura. “Se ela durar 100 dias ou 100 anos, não importa. A decisão de deixar ou tirar a ponte não nos cabe”, finaliza.

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