Com a ponte entre Marques de Souza e Travesseiro destruída pelas enchentes, mais de 400 pessoas enfrentam diariamente a travessia do rio Forqueta por meio de uma passadeira do Exército. A estrutura possui cerca de 110 metros de extensão. Essa mudança na logística afeta de forma direta a rotina dos moradores, como é o caso do professor de educação física Leo Bettio, residente em Travesseiro.
Ele leciona nas escolas Monsenhor Seger, em Travesseiro, e Severino Frainer, em Linha Atalho, Marques de Souza. Descreve a nova rotina diária um desafio. “Ainda estamos em ciclo de adptação, seja com a casa, com o transporte para a escola, com o dia a dia, de segunda a segunda um novo normal”. O deslocamento, que antes levava entre 10 e 15 minutos, agora pode consumir mais de uma hora do seu tempo, tornando-se uma jornada longa e cansativa.
A falta de uma estrutura adequada para a travessia obriga Bettio e outros moradores a improvisarem soluções. “Algumas vezes, é precisa enforcar o almoço porque não dá tempo. Corre para achar estacionamento, fazer a travessia, o que pode levar mais tempo quando tem muitas pessoas para atravessar e, do outro lado, vamos até a BR, pegamos carona com a diretora da escola e seguimos até a Linha Atalho, em Marques de Souza”.
A nova dinâmica de deslocamento não só consome mais tempo, mas também interfere na organização pessoal e profissional dos moradores afetados pela falta da ponte.
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