Crédito solidário via cooperativas sai até sexta, diz governo

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Crédito solidário via cooperativas sai até sexta, diz governo

Previsão foi apresentada durante reunião entre os ministros da Reconstrução, Paulo Pimenta, e da Fazenda, Fernando Haddad. Enquanto isso, das três linhas do Pronampe, cooperativas operam em duas

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Atualizado quarta-feira,
05 de Junho de 2024 às 17:42

Crédito solidário via cooperativas sai até sexta, diz governo
Foto: Filipe Faleiro
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O impasse sobre a divisão de R$ 340 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para cooperativas (Sicoob e Sicredi) e para o Banrisul está prestes a ser esclarecido. Esse é o resultado da reunião entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Reconstrução, Paulo Pimenta.

A perspectiva é que até sexta-feira, no máximo na segunda, será publicada a portaria com o regramento para operações. O texto está em fase final de elaboração.

Além de determinar o destino dos recursos para as instituições financeiras que ficaram de fora da fase inicial do Programa Nacional de Apoio às Micro e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), na linha solidário (com subvenção de 40% do valor emprestado por contrato), a portaria trará ainda a autorização para início das operações dos R$ 15 bilhões voltados para empresas de maior porte.

Com a publicação do texto, a oferta de créditos diferenciados em todas as linhas para negócios prejudicados pela inundação será trabalhada tanto pelos bancos públicos (Caixa e Banco do Brasil), quanto pelas cooperativas.

Entenda o caso

O presidente Lula anunciou na terça-feira passada mais três linhas de financiamentos com juros de 1% até no máximo 6% ao ano para empresas gaúchas prejudicadas pela catástrofe. Na cerimônia em Brasília, também informou a entrada das cooperativas e do Banrisul na oferta dos créditos.

Um dia depois foi publicada a Medida Provisória com detalhes sobre o uso de R$ 15 milhões do Fundo Solidário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a inclusão das cooperativas e do Banrisul nas operações.

Na sexta-feira, 31 de maio, a Caixa Econômica Federal começou a fazer os contratos. No primeiro dia, cerca de R$ 20 milhões foram depositados na conta de negócios com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano.

No entanto, as demais instituições ficaram no vácuo, devido a falta de uma portaria com a divisão dos recursos depositados pelo governo federal no FGO, tanto do Pronampe Solidário (para MEIs, micro e pequenas empresas do Simples Nacional), quanto das três linhas para negócios de maior porte.

O que falta

A Medida Provisória de quarta-feira passada não detalhou o quanto do FGO vai para cada grupo de bancos.

Agora é preciso uma portaria para estabelecer o fundo por instituição bancária.

Pelo Pronampe Solidário (com subvenção de 40% dos recursos financiados), apenas o Banco do Brasil e a Caixa podem contratar.

O Governo Federal depositou às empresas do Simples Nacional R$ 1 bilhão como fundo garantidor.

Deste total foram pouco mais de R$ 300 milhões para o Banco do Brasil e o mesmo valor para a Caixa.

Sobraram cerca de R$ 340 milhões de subvenção.

Este total precisa ser dividido entre Sicoob, Sicredi e Banrisul.

Com o detalhe técnico previsto na portaria, a estimativa é que as instituições financeiras passem a ofertar a linha diferenciada a partir da próxima semana.

Medidas ao setor produtivo (rural e empresas)

• Pronaf
Governo liberou R$ 600 milhões à subvenção voltada aos agricultores. A medida permitirá aos agricultores familiares obter financiamentos com até 36 meses de carência, 120 meses para pagar e juros nominais de 0% ao ano.

• Programa ao médio produtor
Liberados R$ 300 milhões para empréstimos voltados para maquinários, implementos e adaptação das propriedades rurais. Condições de juro zero ao ano.

• Programa para pequenas e médias empresas (Pronampe)
Fundo Garantidor de R$ 1 bilhão. Empresas atingidas precisam comprovar perdas e ter faturamento máximo de R$ 4,8 milhões ao ano. Serão dois anos de carência, juro zero e subsídio de 40% do financiamento pago pelo governo. Por enquanto, apenas na Caixa e no Banco do Brasil.

• Fundo Solidário para médias e grandes empresas
Serão R$ 15 bilhões de aporte via BNDES. Ainda não entrou em operação. Expectativa é que portaria até o fim de semana traga as regras do programa. São três linhas de crédito (compra de equipamentos, construção e capital de giro). Os juros variam de 1% até 6% por ano, mais o spread bancário (percentual de lucro da instituição).

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