A visita de representantes do gabinete itinerante, comandado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nos municípios atingidos pela considerada maior tragédia natural do Vale do Taquari pode ser um alento em meio a tantos prejuízos, muitos ainda incalculáveis.
Conforme o prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana, no município há muitas pessoas endividadas, que perderam tudo e não tem como recomeçar se não tiverem ajuda. Algumas empresas retomaram a produção como é o caso da JBS. “A empresa já voltou a operar com uma linha de produção e a ideia dela é permanecer na cidade, mantendo os empregos e movimentando a economia.”
A Calçados Beira Rio S.A. também garantiu permanência em Roca Sales, mas pretende buscar uma área não alagável devido aos constantes prejuízos sofridos nas últimas enchentes. Já o Curtume deve manter as atividades no mesmo local. “Sabemos o que significam essas empresas para Roca Sales. Cerca de 57% da arrecadação do município, da indústria, é da Beira Rio”. São mais de três mil empregos diretos e indiretos somente nas maiores empresas. “Precisamos muito delas em nosso município.”
Os prejuízos em Roca Sales ultrapassam os R$ 200 milhões entre empresas, comércios e principalmente na área rural. “O impacto é muito grande e o custo para a recuperação das lavouras será muito alto, sem falar das estradas que não existem mais. Será um trabalho muito árduo para que possam retomar a produção”.
Sem energia
Mais de 30 dias após a maior enchente da história do Vale do Taquari, comunidades seguem sem energia elétrica no interior de Roca Sales. Fontana acredita que sejam, pelo menos, 100 pessoas sem o serviço. Em alguns pontos, os acessos seguem obstruídos e impossibilitam a chegada de equipes da RGE para o restabelecimento da energia. “Priorizamos aquelas localidades com maior fluxo e, agora, chegando naquelas de mais difícil acesso.”
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