Cooperativas: um pilar na reconstrução do RS

Opinião

Carlos Cyrne

Carlos Cyrne

Professor da Univates

Assuntos e temas do cotidiano

Cooperativas: um pilar na reconstrução do RS

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As recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição e desalento. Comunidades inteiras foram afetadas, e a recuperação parece ser um desafio monumental. Em nosso grupo de pesquisa sobre cooperativismo, na Univates, fomentado pelo CNPq e pela FAPERGS, passamos a conversar sobre o papel das cooperativas neste contexto. Em meio a essa adversidade, o movimento cooperativista surge como uma força vital para a reconstrução do estado. O cooperativismo no Rio Grande do Sul é um movimento robusto e enraizado na cultura local, com uma longa história de contribuição para o desenvolvimento econômico e social.

As cooperativas são organizações democráticas controladas por seus membros, que se unem voluntariamente para atender às suas necessidades econômicas, sociais e culturais comuns. No cerne deste movimento estão sete princípios, sendo o sétimo particularmente relevante no contexto atual: a preocupação com a comunidade, enfatiza a responsabilidade social e a contribuição para o desenvolvimento sustentável das comunidades, destaca-se como um farol de esperança. Este princípio orienta as cooperativas a agir de maneira que melhore a qualidade de vida das pessoas, fortalecendo a coesão social e promovendo a solidariedade. As enchentes possibilitaram as cooperativas gaúchas mobilizar recursos, promover campanhas de arrecadação de donativos em uma continuidade de ações desenvolvidas no Dia C. As possibilidades de atuação das cooperativas durante a crise das enchentes vão além da simples caridade. Trata-se de uma ação estruturada e contínua, baseada nos valores cooperativistas de ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. O movimento cooperativista tem o potencial de liderar a reconstrução do Rio Grande do Sul de forma sustentável e inclusiva.

As cooperativas, com sua proximidade às comunidades e sua capacidade de mobilizar recursos e pessoas, estão em uma posição única para promover o desenvolvimento local. Elas podem fomentar a reconstrução não apenas de infraestruturas físicas, mas também do tecido social e econômico do estado. Ao olhar para o futuro, é imperativo reconhecer e fortalecer o papel das cooperativas no desenvolvimento local. A colaboração entre cooperativas, governo e sociedade civil pode acelerar a recuperação do Rio Grande do Sul, promovendo um modelo de desenvolvimento que é sustentável e inclusivo. As cooperativas, com sua essência democrática e comunitária, demonstram que é possível enfrentar adversidades e emergir mais fortes. Elas são mais do que organizações econômicas; são pilares da comunidade que, através da solidariedade e da cooperação, constroem um futuro melhor para todos.

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