Turismo busca ajuda para movimentar o setor pós-enchente

ENTREVISTA | O VALE EM PAUTA

Turismo busca ajuda para movimentar o setor pós-enchente

Entidades parceiras auxiliam nos trabalhos de retomada dos negócios, da economia e a manutenção dos empregos

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Turismo busca ajuda para movimentar o setor pós-enchente
Foto: Paulo Cardoso
Vale do Taquari
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O turismo é um dos setores fortemente afetados devido às cheias que assolam o Vale do Taquari e estado desde o início deste mês. No quadro de Cultura e Turismo desta semana, Leandro Arenhart, da Valle Produtora, recebe representantes do Sebrae RS, Emater/RS e APL de Encantado. Ele reforça a ajuda que setor necessita para a retomada das atividades. “Precisamos que a Secretaria de Turismo do Estado olhe pelo Vale, pelos empreendimentos e nos ajude. Os próprios empreendedores estão se ajudando e é hora de reagir e superar mais esse desafio”. 

A coordenadora do APL das agroindústrias familiares, Eliane Kolchinski descreve que cada semana é um novo desafio. “Tivemos grandes transtornos com a falta de energia, água e estradas. Contamos com o apoio recebida de outros municípios e estados. Agora, seguimos com os desafios com empreendimentos que foram severamente afetados. Precisamos ter um olhar especial para essas pessoas. O agricultor familiar tem produtos que não podem ficar armazenados por muito tempo. Temos um empecilho grande com o escoamento desses produtos”.  

 

Foto: Diogo Fedrizzi

Como instituição vinculada ao estado para promover assistência técnica e extensão rural, a Emater regional num primeiro momento, socorreu em geral a população rural e atenção básica. Agora, realiza um levantamento da situação como num todo.

“Estamos tendo muitas demandas da agroindústria, produtos perecíveis com curto prazo e procuramos canais para levar isso ao estado e para órgãos licenciadores. Alguns agricultores participam de programas que não permitem maior comercialização, apenas município ou no máximo estado e conseguimos uma autorização para comercialização intermunicipal e interestadual, permitindo que esses produtos sejam colocados para outras regiões, garantindo renda para essas famílias e evitando a perda das produções de processados. Os setores precisam se unir, sentar-se e repensar, refazer o planejamento e reconstruir uma estratégia de atuação no sentido de atacar, principalmente aqueles pontos mais prejudicados”, descreve o gerente adjunto da Emater Regional, Carlos Augusto Lagemann. 

Já o Sebrae, de imediato, criou um programa emergencial de apoio à retomada das empresas. “As semanas iniciais foram de socorro às famílias, colaboradores atingidos e, paralelo, trabalhando com olhar mais profundo ao programa sabendo da importância da retomada dos negócios, da economia e a manutenção dos empregos”, reforça Liane Klein, gerente regional do Sebrae/RS.  

Liane cita que a entidade segue fazendo levantamento junto ao governo do estado para ter dados e informações para buscar programas de apoio às empresas e setores atingidos. “Em duas semanas, tanto as empresas atingidas como as afetadas, já obtiveram mais de 13 mil respostas. São 59 municípios atendidos pelo Sebrae Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP) que precisam de ajuda para recomeçar”. 

Mapeadas as demandas, a principal necessidade é o acesso ao crédito para retomada dos negócios. “O Sebrae desenvolve uma série de ações no auxílio às empresas da região. No ano passado, em torno de 470 empresas atendidas no programa de retomada das atividades e mais de 250 empresas auxiliadas com material de construção com recursos não reembolsáveis, uma parceria do Sebrae e Sicredi Região dos Vales”. 

Para o gestor de Projetos do Sebrae, Diego Zenkner, a entidade atua em duas frentes. “Ao mesmo tempo que é preciso ajudar aqueles que tiveram prejuízos, uma das formas da economia não parar é ajudar aqueles empreendimentos que permanecem de pé e que não foram atingidos pelas enchentes”. e finaliza, “uma das melhores formas de ajudar é consumir produtos e serviços, deixando o dinheiro circular na região”. 

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