Quiero Café inaugura loja no shopping Lajeado

Opinião

Thiago Maurique

Thiago Maurique

Jornalista

Coluna publicada no caderno Negócios em Pauta.

Quiero Café inaugura loja no shopping Lajeado

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O Shopping Lajeado tem mais uma opção gastronômica. O Quiero Café inaugurou na quarta-feira, 22, a 65ª unidade da rede, a terceira em Lajeado. Diante da emergência provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, todo o faturamento obtido no primeiro dia de funcionamento da loja foi destinado às famílias atingidas.

Sócio do Quiero Café, Luís Felipe Ferreira afirma que o momento representa um marco para a empresa, por apresentar ao público um novo conceito de loja. “É a primeira no modelo shopping, que já estava no nosso planejamento”, destaca. Com dez empregos gerados, a unidade tem atendimento de segunda-feira a domingo, das 10h às 22h.

Conforme Ferreira, a inauguração também simboliza o momento de reconstrução do Estado. Segundo ele, apesar do luto enfrentado pela população gaúcha, as empresas precisam continuar gerando empregos e oportunidades, além de ajudar diretamente as comunidades atingidas com doações e auxílio. “Todos nós somos responsáveis pela reconstrução do RS.”

Fuga de mão de obra preocupa setor empresarial

A preocupação com a retenção de empresas e de mão de obra na região se tornou urgente com as últimas enchentes. O tema foi debatido em reunião da CIC-Vale do Taquari, após relatos de que 15 pessoas de uma única empresa pediram demissão em Encantado após a catástrofe climática mais recente.

Presidente da entidade, Ângelo Fontana afirma que o problema afetará tanto aqueles diretamente impactados pelas cheias quanto de forma indireta. “É imperativo que desenvolvamos um plano habitacional para manter as famílias empregadas e consideremos a realocação de empresas, tanto para os afetados quanto para os não afetados.”

A Associação Comercial e Industrial de Encantado trabalha para identificar terrenos fora das áreas alagadas e incentivar as imobiliárias a subdividi-los para atender às necessidades das pequenas e microempresas. A entidade encoraja os proprietários a disponibilizarem esses terrenos para locação ou venda, com a intenção de atrair investimentos em áreas estratégicas para a manutenção das empresas.

RÁPIDAS

  • APL contabiliza danos — O Arranjo Produtivo Local (APL) Alimentos e Bebidas do Vale do Taquari trabalha na avaliação dos prejuízos das enchentes para as empresas associadas. O levantamento inicial indicou que oito indústrias foram diretamente impactadas, mas a crise também afetou de forma indireta a maioria das 50 empresas que integram o arranjo. Além dos danos diretos, como perda de estoque e ausência de funcionários, as empresas enfrentam desafios logísticos e relatam redução no faturamento. Diante desse cenário, o APL organiza encontros para oferecer suporte emocional e buscar linhas de crédito específicas para as empresas.
  • Compre do RS – Diante do cenário de desestabilização das empresas gaúchas, o Sebrae RS mobilizando a população para que compre dos pequenos negócios do Estado. Por meio da hashtag #compradogaucho, a campanha nas redes sociais visa sensibilizar os consumidores para que mantenham a economia ativa e os empregos. Conforme levantamento do Sebrae RS cerca de 600 mil micro e pequenas empresas foram afetadas diretamente ou indiretamente pela tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul.

Frase do dia

Valdeci Folador, Presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo

“Há prejuízos difíceis de serem calculados, pois envolvem desafios de alimentação aos plantéis, provocados por problemas de logística, como a destruição de estradas. Estimamos um custo de R$ 30 milhões para reconstrução das propriedades e suas estruturas, mas alguns produtores podem desistir da suinocultura.” – Valdeci Folador

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