Empresário defende abrir comportas antes das cheias para amenizar efeitos

ENTREVISTA | A HORA BOM DIA

Empresário defende abrir comportas antes das cheias para amenizar efeitos

Conselheiro da Fasa, Valdir Federhen entende que segunda ponte sobre o Rio Taquari é urgente

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Atualizado quarta-feira,
22 de Maio de 2024 às 09:40

Empresário defende abrir comportas antes das cheias para amenizar efeitos
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Em entrevista ao programa A Hora Bom dia, o conselheiro da Fasa, Valdir Federhen, defende abrir as comportas da Barragem Eclusa, em Bom Retiro do Sul, pelo menos três dias antes das enchentes para amenizar os efeitos.

“Levanto a bandeira para abrir as comportas das barragens quando há previsão de chuva intensa. Isso não está acontecendo. Não teria custo algum. Apenas uma ligação para a pessoa que está operando. Amenizaria os impactos despachando a água antes dela subir”, destaca.

No bate-papo, Federhen diz que o custo bilionários da dragagem dificulta a execução neste momento. Destaca que é possível tirar o lixo do rio, dragar, mas é muito mais complexo do que as pessoas imaginam. “Se for feita a dragagem acima da barragem e não tiver feito depois do Guaíba, vai ter pouco resultado e é realmente algo bilionário, além do local disponível para levar todo o material retirado do rio”. 

Além disso, o empresário descreve que o cascalho não viabiliza, ajuda a pagar o custo, mas não dá muito resultado. “O cascalho é muito bom para a construção civil, mas a extração e a venda ajudariam a pagar, mas não geraria muito resultado para a empresa. Agora com novas tecnologias, esse trabalho precisa começar, mas é difícil e de alto custo”. A presença do lixo acaba prejudicando o ecossistema do rio, os peixes, pois há presença de materiais tóxicos, corrosivos como, por exemplo, óleo, motores, carros, botijões de gás, dentre outros. 

Segundo Federhen, apesar da necessidade de se falar em dragagem não seria o emergencial, mas o fluxo de veículos é prioridade. A ponte é uma necessidade para o escoamento de toda a produção da região que está sendo afetada devido à falta de logística. “Para mim e as pessoas que conheço, é até ridículo estar remendando pontes e não temos uma segunda opção. Não podemos depender somente de uma ponte. Não são obras absurdas e nem difíceis. É preciso ter vontade para fazer.”

Sobre os trabalhos da Fasa durante a enchente do início do mês, o empresário ressalta os inúmeros problemas enfrentados por conta da logística. “Estamos mandando caminhões que deveriam descarregar em Porto Alegre para o Porto Paranaguá pela Serra. Um custo elevado para a empresa, mas não temos outra saída”. 

Acompanhe a entrevista na íntegra

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