CIC VT teme escassez de mão de obra

CONSEQUÊNCIAS DA ENCHENTE

CIC VT teme escassez de mão de obra

Em uma única empresa de Encantado, 15 pessoas pediram demissão, levantando temores de que esse cenário se repita em outras empresas

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Atualizado quarta-feira,
22 de Maio de 2024 às 10:00

CIC VT teme escassez de mão de obra
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Após três ocorrências de enchentes em um período de oito meses, a preocupação com a retenção de empresas e mão de obra no Vale do Taquari se intensificou, resultando em uma saída de trabalhadores da região. Em uma única empresa de Encantado, por exemplo, 15 pessoas pediram demissão, levantando temores de que esse cenário se repita em outras empresas, resultando em escassez de mão de obra em diversos setores. Esse assunto foi um dos focos da reunião virtual da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari realizada na segunda-feira, 20.

Ângelo Fontana, presidente da CIC VT, expressou apreensão quanto à possibilidade de o estado ou a região perderem atratividade para investidores e trabalhadores. “Este é um problema que afetará tanto aqueles diretamente impactados pelas cheias quanto de forma indireta. É imperativo que desenvolvamos um plano habitacional para manter as famílias empregadas e consideremos a realocação de empresas, tanto para os afetados quanto para os não afetados.”

O vice-presidente da entidade, Adelar Steffler, ressaltou que, embora a oferta de alimentos não esteja comprometida e as doações estejam suprindo as necessidades básicas, a situação das empresas é preocupante. “Atualmente, não dispomos de hidrovias, ferrovias, rodovias ou aeroportos. Preservar os trabalhadores é essencial, pois uma vez que eles partam, dificilmente retornarão.”

Segundo levantamento realizado pela Cacis de Estrela, dos 340 associados, 67 foram diretamente afetados, sofrendo perdas de equipamentos, materiais de escritório, estoques e locais de trabalho.

Iniciativas

A Associação Comercial e Industrial de Encantado está identificando terrenos fora das áreas alagadas e incentivando as imobiliárias a subdividi-los para atender às necessidades das pequenas e microempresas. A Aci-E está encorajando os proprietários a disponibilizarem esses terrenos para locação ou venda, visando a investimentos em áreas estratégicas para a manutenção das empresas e buscando compensações pelos prejuízos.

Estratégias de Recuperação

Durante a reunião, o grupo também definiu estratégias para incentivar as empresas a preencherem o formulário de avaliação dos impactos das enchentes no setor empresarial. A meta é realizar roteiros com visitas aos municípios, seguindo o modelo adotado após as enchentes do ano passado.

De acordo com estimativas do Sebrae RS, cerca de 600 mil micro e pequenas empresas foram afetadas diretamente em todo o Rio Grande do Sul pelas recentes inundações, que atingiram grande parte dos municípios do estado, principalmente na Serra, Vale do Taquari e Região Metropolitana.

Diante desse cenário, o Sebrae RS lançou uma pesquisa para entender o impacto das inundações na vida e nos negócios de micro, pequenas e médias empresas, buscando compreender com mais precisão a situação dos empresários desses segmentos. A Pesquisa para Avaliação do Impacto das Enchentes nos Negócios do RS pode ser respondida pela internet através deste link: https://bit.ly/juntospeloRS.

A pesquisa visa coletar informações sobre o porte do negócio afetado, se está atualmente em operação, como foi afetado pela enchente, estimativas de prejuízo, número de colaboradores, se possui seguro, se precisará de crédito para retomada da operação e a expectativa do empreendedor para os próximos meses.

Campanha SOS Vale do Taquari

A diretoria da entidade regional continua promovendo a Campanha SOS Vale do Taquari. As doações podem ser feitas via PIX, utilizando o e-mail cicvaledotaquari@gmail.com.

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